Pois é, querides, a SPFW N58 nos trouxe um verdadeiro espetáculo visual com a coleção de outono-inverno da Lilly Sarti. A estilista desfilou um manifesto poderoso, onde o perfeito e o imperfeito se entrelaçam em uma dança de dicotomias que só quem conhece o peso da autoexpressão pode apreciar. É o tipo de desfile que dá aquela sacudida e nos diz que a moda é mais que roupa, honey; é arte, é história, é um ‘boom’ direto na nossa concepção de beleza.
A coleção desfilada na SPFW N58 se destaca pela busca de Lilly em desconstruir o excesso e abraçar o minimalismo oriental, com toques sutis de Wabi-Sabi – aquela filosofia japonesa que enaltece a beleza nas imperfeições. As peças, ao mesmo tempo arquitetônicas e fluidas, convidam o público a um olhar mais cuidadoso, onde cada textura e cada corte se tornam protagonistas. É como se cada detalhe gritasse:
E, falando em protagonistas, o casting do desfile foi um verdadeiro luxo à parte, mon amour! A passarela se abriu com a presença magnética de Mariana Coldebella, que, com sua presença imponente, deu o tom do que estava por vir. Essa escolha para abrir o desfile já deixava claro que Lilly não estava para brincadeira. E, logo em seguida, outros nomes poderosos elevaram ainda mais o brilho da apresentação: Nadine Ponce, com sua elegância sofisticada; Stephane Kumm, carregando uma força que transcendia o simples ato de caminhar; e Daiane Conterato, uma musa que, com seu porte e atitude, fez cada peça ganhar vida própria.
Agora, se prepare para o mix de shapes cocoon e mangas volumosas, uma clara influência dos anos 80. E para o toque final? Um peplum ousado que define e valoriza a silhueta, oferecendo o tipo de elegância que caminha entre o conforto e o desejo. Lilly Sarti transformou o clássico em algo completamente novo, brincando com camadas e tecidos que flutuam ao sabor de cada passo. Quem estava lá viu a construção meticulosa de cada look, onde o equilíbrio é cuidadosamente desconstruído.
Já falemos de textura, mon amour? A grife conseguiu uma sinfonia de materiais, com acabamentos que vão do toque macio ao visual desgastado, celebrando as cicatrizes do tempo. É uma moda que conversa com o presente, sim, mas reverbera a eternidade. As influências arquitetônicas puristas ganham vida em estampas e acabamentos únicos, trazendo um ar de sobriedade que, no entanto, explode em cada costura. O destaque? As texturas que evocam o desgaste natural, elevadas ao nível do luxo. É o Wabi-Sabi modernizado, querides, mas com aquele toque tupiniquim.
E como se não bastasse, Lilly Sarti enlaçou suas criações com cores terracota, ocres e tons de areia – verdadeiros reflexos da nossa conexão com a terra. Esses tons orgânicos, contrastando com o refinamento das peças, criam um equilíbrio entre o sofisticado e o acessível, entre o sublime e o terreno. Como não se sentir abraçade por essa paleta que é ao mesmo tempo suave e impactante, honey Lee do céu?
A coleção desafia o ordinário e propõe uma nova forma de olhar a moda. Ela desconstrói o que conhecemos, mas de maneira leve, sutil, quase como um sussurro que, ainda assim, ecoa intensamente. Pois bem, a SPFW N58 é uma plataforma de inovação, e Lilly, mon amour, soube como poucos captar essa essência, trazendo uma reflexão visual sobre o tempo, o espaço e, acima de tudo, a autoexpressão.
Darlings do meu Brasil… Lilly Sarti abriu portas para uma nova forma de ver e sentir a moda brasileira, onde o valor está na alma da peça, na história que ela conta, e no impacto que deixa. A SPFW N58 se mostrou mais uma vez o palco onde a moda encontra a arte… E honey, Ela brilhou como ninguém, deixando um rastro de elegância autêntica e provocação silenciosa, com a mensagem de que ser impecável é também saber abraçar o imperfeito.
Foto: Zé Takahashi – @Agfotosite
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