Segurem os seus quimonos, porque Leandro Benites acaba de nos catapultar para o futuro, e não é qualquer futuro! É um futuro onde robôs com alma de bibelôs desfilam com a graça de uma pantera e a precisão de um cirurgião. O desfile da Le Benites na 54ª Casa de Criadores foi uma ode ao tecno-chic, misturando o high-tech com aquela nostalgiazinha que nos faz suspirar, lembrando da casa da vovó, só que com um upgrade de outro mundo.
A passarela virou uma máquina do tempo, meus queridos! E de lá saíram looks que pareciam ter sido cuidadosamente lapidados por algum artesão cyberpunk que, depois de uma temporada em Marte, decidiu trazer para a Terra a beleza das linhas perfeitas. E já que estamos falando de perfeição, que tal começarmos pelo look incrível em moletom? Um conjunto oversized, com blocos de cores primárias que gritavam “olhem para mim, estou pronta para dominar o mundo!” – e o mundo da moda certamente notou.
Como não destacar a presença arrebatadora de Marcelle Bittar na passarela? Sim, ela mesma, a supermodelo que nos anos 2000 dominou as capas de revista como quem toma um expresso na esquina. Hoje, desfilando com a mesma imponência, Marcelle apareceu em um conjunto que foi uma verdadeira síncope visual – imagine um eletrocardiograma transformado em estampa, com linhas que desenham os batimentos do coração convertidos em moda pulsante, viva! O look, composto por uma jaqueta e calça volumosas, trazia a essência do “Robô Bibelô” que Benites tanto preza: uma combinação poderosa de modernidade gráfica e nostalgia, com a rigidez de uma estrutura que, por dentro, guarda a delicadeza de uma peça de porcelana fina. Ela, que integra o casting da seletíssima Move Management, mostrou que continua a ser uma das grandes forças da moda brasileira, seja vestindo alta-costura ou, como nesse caso, um look que mistura o moderno e o atemporal em um piscar de olhos.
E como não amar o toque minimalista, quase zen, desse look? Um conjunto bege, monocromático, que mais parecia ter saído de uma meditação transcendental sobre o futuro da moda. Com um acessório metálico que era metade objeto de arte, metade acessório funcional – como quem diz “menos é mais”, mas com um toque de “mas ainda sou fashionista, darling!”
Agora, sentem-se para não cair, porque o esse look foi a cereja no bolo, E quem foi o astro desse desfile apoteótico? Nada mais, nada menos que Carmo Dalla Vecchia, ator e ex-modelo, que trouxe toda a sua presença imponente para a passarela. Vestindo apenas um casaco longo, texturizado, que mais parecia ter sido esculpido diretamente em um filme de Mad Max, combinado com uma cueca preta e botas robustas, Dalla Vecchia caminhou como se estivesse pronto para o apocalipse, mas com estilo! E as botas, ah, as botas… Que completavam esse visual com um toque de “pronto para a guerra”, mas uma guerra glamourosa, é claro!
Benites não apenas mostrou que sabe brincar com o conceito de moda, mas também que tem um senso de humor refinado. Sua coleção “Robô Bibelô” é uma conversa, um diálogo entre o ontem e o amanhã, entre o que é e o que poderia ser. E, no meio disso tudo, ele nos atenta que, apesar de toda a armadura que vestimos, ainda somos vulneráveis, ainda somos humanos.
E essa, meus caros, é a moda que faz o coração bater mais forte. Não é à toa que Leandro Benites é uma das figuras mais comentadas no Instagram, TikTok e afins – suas criações falam diretamente com a geração que vive de stories e reels. Afinal, quem mais para transformar o underdog do moletom no rei das passarelas? Isso é o que chamamos de moda com M maiúsculo, moda que não só se veste, mas que se sente e se vive.
O casting estava incrível, com nomes que irradiavam energia e presença, mas sabe o que daria aquele toque final, aquele extra que faria até os robôs da “Robô Bibelô” aplaudirem de pé? A presença da top baiana Indyra Carvalho. Sim, ela mesma, que já desfilou para as apresentações mais impactantes da Casa de Criadores. Indyra teria adicionado ainda mais força e conexão à narrativa da coleção, trazendo aquele mix de potência e vulnerabilidade que é a cara do universo de Benites. Quem sabe numa próxima, não é? Afinal, moda é também sobre o que poderia ser – e com Indyra na passarela, seria pura eletricidade.
Foto: Divulgação – Ag. Fotosite
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