September Issue: o Ano-Novo da Moda e o Monumento Chinês
Por Fabio Lage – House of Models
Ui ui ui, mon petit de Pequim! Setembro é o mês em que a moda troca de pele, as revistas lançam suas bíblias de tendências e os anunciantes despejam milhões em páginas que pesam mais que romance russo. Desde o mítico setembro de 2012 da Vogue US, com suas 916 páginas e 658 anúncios, o “September Issue” virou símbolo de poder editorial e sobrevivência fashion. Mas em 2025, o jogo mudou de endereço: quem roubou a cena foi a Vogue China, celebrando vinte anos com uma edição que mistura glamour imperial e delírio artístico.
Casting Estelar: As Supermodels que Moldaram a História
A capa múltipla reuniu um time de gala: Du Juan, Fei Fei Sun, Qin Shupei, Xiao Wen Ju, Ming Xi, He Cong, Lina Zhang e Chu Wong. Cada uma com seu protagonismo, cada uma carregando duas décadas de narrativa fashion. Du Juan ressurge como madrinha absoluta da moda chinesa; Fei Fei Sun encarna a imperatriz de pérolas; Qin Shupei dança frescor e ironia; Xiao Wen Ju entrega teatralidade de festival cult; Ming Xi brinca com espelhos e reflete vinte anos em múltiplas dimensões; He Cong vira escultura viva; Lina Zhang atravessa Oriente e Ocidente com Givenchy e cara de manifesto; e Chu Wong, em vermelho ardente, é ícone político-pop.
Estética Pictórica: Quando a Fotografia Vira Pintura
A lente de Elizaveta Porodina transformou cada clique em quadro surrealista com sombras densas, verdes saturados e vermelhos passionais. O styling de Xiao Liu construiu volumes arquitetônicos que desafiam a gravidade, os cabelos de Zhou Xue Ming arquitetaram poder e a maquiagem de Valentina Li fez da pele um altar. O resultado é quase religioso: uma edição para ser folheada de joelhos, mon amour de Xangai.
Capas Coletivas: A Moldura do Poder
As capas de grupo são pura performance. Em uma, as modelos seguram uma moldura vazia, recado direto: “nós enquadramos a moda chinesa nesses vinte anos”. Na outra, os corpos se entrelaçam em arranjo coreográfico, ao mesmo tempo editorial de luxo e retrato de família aristocrática. Atura ou surta, bebê! É a Vogue China declarando ao mundo que seu legado não é individual, é coletivo, sólido e inegociável.
O Exposed das Ausências: Cadê Liu Wen e Sui He?
Mas onde há poder, há também treta. E o ranço fashion foi inevitável: Liu Wen e Sui He, duas das maiores embaixadoras chinesas no Ocidente, ficaram de fora da festa. Babado! A ausência delas ecoou mais que salto plataforma em piso de mármore. Seria escolha editorial para privilegiar outras musas? Seria contrato? Seria jogo de poder? Ninguém sabe, mas o exposed já virou pauta quente entre insiders.
Rumores Apimentados: Celebridades Vêm Aí?
E como se não bastasse o choque de capas múltiplas, os corredores sussurram que vem aí uma segunda leva estrelada por celebridades chinesas, atrizes blockbuster e cantoras virais do Douyin. Se confirmado, será a jogada perfeita para agradar insiders exigentes e capturar o público massivo, transformando a edição de vinte anos num mix entre alta moda e pop culture.
Lacrou, Mon Amour!
O resultado final é inquestionável: a Vogue China 20 Anos é monumento. É obra de arte editorial, é manifesto político, é celebração cultural e é babado fashion que atravessa continentes. Mesmo com as ausências que deixaram o mercado em polvorosa, a mensagem é clara: a moda chinesa não está mais pedindo passagem, ela já ocupa a primeira fila. Quem não entendeu, darling, já pode vazar na braquiara porque o futuro também veste mandarim, desfila em neon e grita lacração global.
Atura ou surta bebê…
Beijinhos!
Foto: Divulgação – Elizaveta Porodina