Quem é Luíza Perote: a modelo da Amazônia profunda que está no centro nervoso da moda global!

Não é todo dia que o corredor de uma casa em Humaitá, no Amazonas, desemboca diretamente no Grand Palais, em Paris. Mas moda nunca foi sobre caminhos óbvios, e Luíza Perote é a prova viva de que o Brasil profundo também sabe jogar xadrez no tabuleiro do luxo europeu. Aos olhos de quem só enxerga o resultado final, ela “simplesmente apareceu”. Para quem conhece a engrenagem da indústria, o que se vê é uma soma rara de timing, leitura de imagem, escolhas estratégicas e um mercado faminto por narrativas que não soem recicladas.

Luíza não surge como exceção folclórica, nem como a brasileira “exótica” que a Europa admite por cota simbólica. Ela chega como corpo possível, rosto funcional, presença cênica e uma biografia que conversa com o agora. E é aí que o jogo fica interessante, mon amour.

Por Fabio LageHouse of Models

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Do quintal ao feed: quando o algoritmo vira olheiro

A história começa como tantas outras da década de 2020, mas com um detalhe fundamental: ela funciona. Em plena pandemia, enquanto o mundo simulava normalidade em lives mal iluminadas, Luíza desfilava. Desfilava de verdade. Em vídeos simples, sem produção, atravessando cômodos, paredes, quintais. Não era só pose. Havia eixo, ritmo, consciência espacial. O TikTok não criou Luíza Perote, mas foi o primeiro a amplificar algo que já estava lá.

Aqui vale um ponto importante para quem ainda torce o nariz para redes sociais. A indústria da moda não olha mais apenas para pernas, medidas ou fotogenia. Olha para narrativa, engajamento, repetição de imagem e capacidade de sustentar curiosidade. O viral de Luíza não foi um acidente cômico. Foi um ensaio geral transmitido ao vivo para um mercado que hoje rastreia talento como quem stalkea crush antigo: em silêncio, mas com lupa.

EVOL, mercado e o primeiro movimento certo

Entrar no radar não basta. Quantas modelos promissoras já vimos virar pó por excesso de pressa ou escassez de estratégia? A entrada de Luíza na EVOL MGMT foi um desses movimentos que parecem discretos, mas mudam o jogo. Houve lapidação sem pasteurização, leitura de timing sem ansiedade e, principalmente, um entendimento claro de que ela não precisava fazer tudo, mas precisava fazer certo.

Esse “fazer certo” ganha forma definitiva quando a Fendi entra na equação. Porque Fendi não é só mais uma grife no line-up. Fendi é termômetro. É leitura de mercado. E, sobretudo, é plataforma de legitimação.

Steven Meisel não explica, ele consagra

Quando Steven Meisel escolhe um rosto, a indústria não pergunta “por quê?”, dear honey. Ela ajusta o foco. Fotografar uma campanha global para a Fendi sob o olhar de Meisel não é apenas mais um job graúdo. É uma mudança de faixa. Um selo tácito que diz: essa pessoa aguenta close, aguenta silêncio, aguenta conceito.

Meisel não trabalha para “descobrir” gente. Ele trabalha para confirmar. E Luíza confirmou. A partir dali, seu nome deixou de circular apenas em conversas de scouting e passou a habitar a prateleira superior, aquela onde casting não é aposta, é cálculo, darling Lee.

Temporadas, coerência e repetição de escolhas

O que vem depois não é surpresa, mas merece leitura. Gucci, Bottega Veneta, Coperni, Alexander McQueen. Não pelo acúmulo de logotipos, mas pela coerência estética. Luíza não aparece onde qualquer corpo aparece. Ela flutua entre marcas que pensam imagem de forma estrutural, que exigem presença sem excesso e que funcionam melhor quando a modelo entende o jogo.

Em poucas temporadas, ela soma dezenas de desfiles e, mais importante, repete casas. Repetição é a palavra-chave. A indústria confia em quem retorna. O resto é barulho.

Chanel não chama por engano

Mas nada organiza melhor o imaginário de uma top model do que Chanel. E não estamos falando de qualquer Chanel. Estamos falando da estreia de Matthieu Blazy à frente da maison. Um desses momentos em que a moda prende a respiração coletiva e observa cada vírgula do casting como se fosse uma declaração política.

Entrar nesse desfile não significa apenas desfilar, honey… Significa ser peça de uma narrativa centenária que se reorganiza. Significa ter um corpo capaz de sustentar tradição sem parecer datado. E Luíza sustenta. Sustenta tanto que a relação não para ali.

Vogue, Nova York e a dramaturgia do luxo contemporâneo

Depois do desfile, vem o editorial na Vogue americana dedicado à nova fase da Chanel. Aqui não há ingenuidade. A Vogue decide imagem junto com a indústria, não depois dela. Colocar Luíza nesse contexto é reforçar a leitura de que ela não é só passarela, é discurso visual.

E quando essa narrativa desembarca em Nova York, em um desfile especial da maison, a mensagem fica ainda mais clara. Chanel testa, observa, repete e aprofunda. Não é sobre hype. É sobre construção de longo prazo. O babado é certo.

Vogue Brasil, Geração Fresh e a consagração local

Enquanto Paris, Milão e Nova York ajustavam o foco, o Brasil também fazia sua leitura. A capa da Vogue Brasil na edição “Geração Fresh” não cai no colo. Ela sela um percurso. Coloca Luíza em diálogo direto com a história da modelagem brasileira e diz, sem sublinhado: essa menina do Amazonas agora também nos representa.

Em um país que por décadas concentrou glamour entre Ipanema, Jardins e alguns CEPs bastante previsíveis, uma amazônida no centro desse discurso não é detalhe. É deslocamento simbólico. É o Brasil que não pede mais licença.

Top 50 Models.com: estatística com peso político

Entrar no Top 50 do Models.com não é lista de popularidade, querides… É dado industrial. É número que pesa em contrato, em negociação, em escolha de casting. Coloca Luíza definitivamente fora da categoria “promessa”. A partir daí, fala-se de permanência, não de estreia.

E quando a curiosidade escapa da moda?

Todo esse caldo profissional explode em 2025 com um ingrediente inevitável: curiosidade midiática. Os rumores sobre um possível envolvimento com João Guilherme, ex de Bruna Marquezine, não dizem respeito à vida íntima dela. Dizem respeito ao funcionamento do Brasil enquanto máquina de celebridade. De repente, o nome Luíza Perote passa a circular fora das bolhas da moda. Aumentam buscas, cliques, comentários. O algoritmo agradece e o babado é certo, mon amour!

Não se trata de fofoca barata, nem de julgamento moral. Trata-se de entender como o capital de imagem se expande quando atravessa entretenimento, cinema, música e novela. Para uma top model em formação, isso é faca de dois gumes. Amplifica alcance, mas exige controle. Até agora, Luíza mantém silêncio estratégico. E silêncio, na indústria, também comunica.

Amazônia, corpo e futuro

O que diferencia Luíza Perote não é apenas de onde ela veio, mas o que ela faz com isso. A Amazônia aqui não é figurino. Não é discurso fácil. É camada simbólica. É corpo que carrega geografia, deslocamento e contraste. É o Brasil encontrando Paris sem pedir desculpa.

Em 2026, enquanto a indústria tenta entender para onde anda o desejo, Luíza surge como resposta possível. Uma top model que nasceu no feed, se firmou na passarela, foi legitimada pelo clique certo, entrou na dramaturgia da Chanel e agora aprende a administrar visibilidade ampliada.

Quer saber mais sobre a top top Luiza Perote? Então vem ver, honey Lee!

Quando o corpo vira mapa

E vamos ser justos, meus querides de Xique-Xique… Luíza Perote não é apenas um nome em ascensão. Ela é um mapa vivo de como moda, mídia, rede social e poder simbólico se cruzam hoje. Amazônia na capa da Vogue. TikTok encostando no front row de Paris. Chanel olhando para o Norte sem exotizar. Rumor virando babado. Tudo isso coexistindo no mesmo corpo.

Se o futuro da moda passa por revisão de centro, narrativa e imagem, Luíza já está andando nele, honey. Quem ainda acha que isso é acaso talvez esteja, como diria minha mãe, totalmente na Disney. Atura ou surta, bebê.

Foto: Divulgação

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