Na London Fashion Week SS26, quem brilhou não foram só trench coats, neon ou cheerleaders outsiders. O verdadeiro espetáculo foi brasileiro: modelos nacionais abriram, fecharam e estrearam nos desfiles mais disputados, transformando Londres em passarela verde e amarela e provando que o futuro da moda global fala português… Atura ou surta, bebê, vem ver!
Por Fábio Lage – House of Models

Um Tâmisa Verde e Amarelo
Ui ui ui, mon amour de Xique-Xique! A London Fashion Week SS26, que rolou do dia 18 a 22 de setembro; prometia ser o retorno da ousadia britânica… e cumpriu. Sob a batuta da nova CEO do British Fashion Council, Laura Weir, o evento ganhou cara fresca: adeus taxas para designers, olá bolsas mais democráticas, com a moda reafirmada como vitrine da sociedade. Mas o que realmente incendiou o Tâmisa não foram só trench coats repaginados ou cheerleadercore em neon. Foram as modelos brasileiras na London Fashion Week que transformaram passarelas em território nacional.

O Debut que Mexeu com Burberry
Quem encerrou a semana de moda e fez história foi Raika Sales, que viveu seu debut internacional na Burberry, que fechou o último dia de desfiles. Em plena tenda de gabardine armada em Perks Field, cercada por trench coats de denim e xadrezes vibrantes de Daniel Lee, foi a brasileira quem deu tom de novidade. Para uma marca que busca se reconectar ao público jovem, nada mais simbólico do que apostar em um rosto brasileiro como cartão de visita.

Aberturas, Fechamentos e o Poder das Primeiras e Últimas Impressões
Honey, na lógica da passarela, abrir e fechar é ouro. E foi justamente aí que as modelos brasileiras na London Fashion Week brilharam como nunca. Nataly Vieira abriu o desfile da grife Toga com a precisão de quem sabe que o primeiro passo dita o ritmo. Já Sophia Lisboa fechou a Mithridate com aura de grand finale, depois de cruzar Aaron Esh, Tove e Talia Byre. Enquanto isso, a diva Yasmin Morais mostrou que também sabe comandar inícios, abrindo tanto Mithridate quanto Nanushka, além de desfilar para Johanna Parv e Roksanda. Londres pode até ser conhecida por punk e contracultura, mas no SS26 quem mandava no cronômetro eram as brasileiras, darling!

Brasileiras nos Castings Mais Disputados
A onipresença brasileira foi escancarada em Roksanda, que celebrou 20 anos de marca. Eliana Weirich, Jamily Maurer, Laiza de Moura, Lavinia de Aquino, Bea Araujo e Yasmin Morais transformaram a passarela em desfile coletivo do Brasil. Cada uma representou uma camada diferente: da poesia escultórica inspirada em Barbara Hepworth às sedas gráficas que ondulavam como ondas no Tâmisa. Mon petit de Brasília… não era detalhe: era tomada de território.

Em Di Petsa, a brasileira Ana Portela fechou o desfile babadeiramente segura com um look de arrasar, enquanto também brilhou em Jawara Alleyne, onde a estética pós-carnaval londrino parecia feita sob medida para sua presença. Eduarda Vieira se encaixou com naturalidade na proposta utilitária de Johanna Parv, dando graça até ao nylon ciclista. E Ellen Lopes, no streetwear vitaminado da Sprayground, lembrou que diversidade de estilos também é carta brasileira, bebê!

Luiza Perote e a Polêmica H&M no 180 Studios
No evento que abriu a semana, a fast fashion sueca tentou se legitimar em plena LFW. Luiza Perote estava lá, sendo rosto do Brasil em meio a roupas que misturavam cultura e comércio em igual medida. Contradição? Sim. Mas também prova de que as modelos brasileiras na London Fashion Week são chamadas até quando as narrativas soam tortas… afinal, sem elas, o discurso não decola.

Tendências e Cores: O Cenário que As Brasileiras Coloriram
Não dá para ignorar que Londres SS26 também foi laboratório de tendências. Neon onipresente, cheerleadercore em Chopova Lowena, black tie desconstruído em tule, alfaiataria remixada em Barbour e Erdem, listras e volumes brincando com gravidade em Talia Byre e Yuhan Wang. A paleta Pantone SS25 ditou o clima cromático: do Airy Blue sereno ao Passion Flower roxo-joia, passando pelo Hibiscus vermelho botânico e o Windsor Wine sofisticado. Mas, convenhamos, as cores que marcaram mesmo foram verde e amarelo, tingindo aberturas e fechamentos…

Quando Londres Ainda Derrapa
Convenhamos aqui, darling Lee da Silva… nem tudo foi brilho. O discurso de sustentabilidade brilhou em Paolo Carzana, com tinturas naturais, e em Oscar Ouyang, com tricôs reciclados. Mas perdeu força diante do paradoxo H&M&180, que tenta falar em cultura enquanto lucra com fast fashion. Londres também segue na sombra de Milão e Paris; precisa mais do que neon para segurar protagonismo. Mas se há um trunfo que diferencia Londres, ele atende pelo nome Brasil.

Londres Falou Português
Baby, eu sei, estou atrasado com tantos babados, mas no fim, a London Fashion Week SS26 não foi só neon, punk ou cheerleader. Foi Brasil. De aberturas a fechamentos, de debuts a dominâncias coletivas, as modelos brasileiras na London Fashion Week escreveram um capítulo definitivo.

Londres pode ser Glastonbury de luxo, biblioteca poética ou cheerleader outsider. Mas em 2025, foi samba no asfalto, bebê. O babado é certo: o futuro da moda global já dança no compasso das brasileiras… vamos para Milão?
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Foto: Divulgação