Michael Kors SS26: Earthly Elegance, Glamour Escapista e Quiet Luxury Turbinado em Nova York!

Do caos de Manhattan ao pôr do sol da Sicília sem escala: Michael Kors vende milhas de voo em forma de drapeado. Ui ui ui, mon amour.

Por Fábio LageHouse of Models

O Sonho de Viajar Sem Passaporte

Darling Lee de Osasco, a primavera 2026 de Michael Kors abriu a temporada oficial da NYFW com um recado claro: se o mundo enlouqueceu, a moda pode ser o seu passaporte. No Terminal Warehouse, em Chelsea, lanternas de papel e suculentas criaram o clima de casa de praia urbana, onde Marrakesh encontra Manhattan e Bali dá match com o Brooklyn. O designer confessou sua obsessão por viagens e citou a toda poderosa Diana Vreeland:

“o olhar tem que viajar”
Diana Vreeland

Earthly Elegance: Sicília, Big Sur e Um Toque de Marrakesh

A coleção não tem um endereço fixo, mas carrega o DNA de destinos solarizados: Sicília, Big Sur, Polinésia, África do Sul. O resultado é um glamour descontraído com cartela de terrosos, brancos, pretos e explosões solares em amarelo e rosa. “Earthly Elegance”, como definiu a imprensa, é menos sobre resort e mais sobre como sobreviver ao caos urbano com estilo balneário embutido.

Harém Pants e Transparências: A Gramática da Leveza

E vamos aplaudir de pé essa alfaiataria desestruturada, vestidos enviesados e drapeados líquidos. As calças harém/balloon já despontam como hero pant da estação… fluídas, fotogênicas e confortáveis. As transparências viram mantra: sobreposições de chiffon, véus translúcidos sobre paetês, malhas finíssimas. A fórmula é sensual sem ser colado, sexy sem ser óbvio, sofisticado sem ser caretice. Atura ou surta, bebê!

Styling de Impacto: Tassels, Cintos Longos e Carteira no Pescoço

Aqui, honey Lee de Xique-Xique; o styling de Carlos Nazario faz chover: cintos longos caindo até o chão, franjas de couro como pêndulos hipnóticos, brincos alongados e… babado forte! — a wallet-necklace, uma carteira usada como colar. Esse detalhe já é a talking piece editorial da temporada. “Pack light, accessorize big”… Ui ui ui!

Casting Global: De Mica a Frankie, Do Agora ao Ícone

O desfile abriu com Mica Argañaraz, fechou com Frankie Rayder e passeou por gerações e geografias: Anok Yai, Paloma Elsesser, Julia Nobis, Lineisy Montero, Loli Bahia, Lulu Tenney, veteranas como Jessica Miller, Elise Crombez, Lakshmi Menon, Yasmin Warsame, e brasileiras que brilham como Luiza Perote e Ana Beatriz Cortes. Não é check-list de diversidade: é arquitetura de desejo. Glamour de ontem, hoje e amanhã no mesmo tablado.

Beleza Despretensiosa, Mas de Luxo

Orlando Pita assinou cabelos soltos e modernos, enquanto Dick Page apostou em maquiagem natural, sem perder a sofisticação. O resultado é um luxo que não grita, mas sussurra: “sou cara, mas sei fingir que sou básica.” Honey Lee da vizinhança, isso é quiet luxury com filtro Instagram-ready.

Mercado e Cultura: Do Quiet Luxury ao Breezy Glamour

O quiet luxury que parecia sisudo em 2024 agora ganha upgrade: não é minimalismo monástico, é “laid-back glamour”. Kors mostra como vender roupa para quem quer “descomprimir em um mundo louco”: alfaiataria leve, acessórios virais, brilho difuso. Resultado? Editorialmente sexy, comercialmente vendável. Darling, é disso que as lojinhas vivem.

Marrakesh, Manhattan e a Mulher Global

Michael Kors SS26 prova que a moda americana sabe jogar no campo do desejo global. A cliente dele não precisa ser uma, mas muitas: de Gwyneth a Paloma, da empresária em Nova York à jet-setter que desce em Ibiza. Ele veste todas. E veste com um glamour que não pede passaporte, mas um cartão de crédito bem polpudo. Ui ui ui, mon amour de Xique-Xique, isso é o verdadeiro earthly elegance.

Beijinhos!

Foto: Divulgação