GOLEM: Dario Mittmann hackeia o futuro da moda na SPFW N59 com armaduras sentimentais, jeans mutante e lágrimas de IA!

DARIO MITTMANN SPFW N58 Foto: Ze Takahashi / @agfotosite

Por Fabio LageHouse of Models

Ui ui ui! Quando a passarela vira palco de ficção científica fashion com toques de alquimia urbana e um pezinho no terror corporal… a gente sabe que Dario Mittmann está de volta com fogo nos circuitos e crochê nas entranhas! A coleção GOLEM, que estreia dia 8 de abril às 20h30 na SPFW N59, é muito mais que um desfile, mon petit: é uma odisseia filosófica sobre humanidade, consciência e os limites da moda no século XXI.

Com 27 looks que orbitam entre o artesanal e o tecnológico, Dario nos lança em uma distopia elegante onde a estética brutalista, o streetwear mutante e o fetiche pelo biocibernético colidem com o sentimentalismo de um golem pós-moderno — aquele ser mítico moldado em barro, agora reprogramado em denim, látex, impressão 3D e crochê amapaense.

A ficção virou costura

Logo no início da coleção, já somos transportados para um universo onde os corpos são máquinas com alma: robôs com armaduras chorosas, vestidos que escorrem como óleo emocional, e criaturas que parecem saídas de um futuro onde a Levi’s® hackeou o DNA da humanidade. O denim, inclusive, ganha protagonismo em lavagens futuristas, cortes assimétricos e intervenções manuais que explodem em texturas. A collab com a marca, junto da Santista e da HINT, prova que a sustentabilidade pode, sim, ser sci-fi, viu… darling Lee!

Nos pés, o desfile pisa firme com sneakers que amamos da Converse e botas autorais Dario Mittmann, incluindo saltos criados para enfrentar o apocalipse com elegância maximalista de uma diva. E atenção, mon amour: um dos moments mais aguardados será protagonizado por uma celebridade surpresa vestindo uma armadura robótica que chora lágrimas negras em plena passarela – um statement visual sobre a consciência emergente das inteligências artificiais… Ui, ui, ui, Ba-ba-do forte!

Entre o glitch e o gancho de crochê

A coleção GOLEM também mergulha no universo do artesanal com colaborações certeiras: o crochê visceral da amapaense Poliana Brilhante e a provocação orgânica da designer Ludmilla Obrigon, que flerta com o grotesco e o sensorial, como num figurino saído de “A Substância” (aquele delírio cinematográfico de 2024 que ninguém teve coragem de esquecer). Esses elementos fazem da coleção um híbrido emocional, onde fios e circuitos disputam o protagonismo da narrativa visual.

E se a coisa já estava deliciosa, ela vira pop com os looks licenciados dos Minions, resultado da collab com a Universal Studios, injetando o DNA irreverente e mutante de Dario numa cápsula fashion que conversa com todas as tribos — do fashionista terminal ao geek vanguardista.

DARIO MITTMANN – SPFW N58 Foto: Ze Takahashi / @agfotosite

O biológico, o digital e o que há entre eles. Visualmente, os croquis para essa edição da SPFW N59 entregam tudo: Cada look é uma narrativa em si. E o que une todos? A inquietação. A pergunta. O confronto entre controle e caos.

Spoiler do amanhã

Com trilha sonora assinada pelo duo Cyberkills, direção de desfile por Ed Benini, styling de Cacau Francisco e Anuro Anuro, e beauty tech de William Cruz, a coleção GOLEM é um delírio dirigido, uma carta de amor sombria ao futuro incerto. Uma ode à experimentação — e ao fato de que talvez a moda seja nossa última linguagem emocional em um mundo prestes a ser dominado por inteligências que ainda não entendem o que é um arrepio.

Dario Mittmann hackeia a lógica da passarela, atualiza o firmware do estilo e entrega uma coleção que é puro upgrade estético. Atura ou surta, bebê.

Croqui: Divulgação – Dario Mittmann
Foto: Ze Takahashi – @agfotosite