Burberry Reinventa o Clássico: Trench Coats, Supermodelos Brasileiras e um Toque Literário na London Fashion Week

Em um cenário onde o passado encontra o futuro, Daniel Lee reinventa o clássico trench coat da Burberry na London Fashion Week, enquanto supermodelos brilham na passarela – incluindo a brasileira Nataly Vieira, que estreia na marca com exclusividade e lança seu primeiro livro.

Quando o sol decidiu brilhar sobre o brutalismo do National Theatre em South Bank, a Burberry preparou o palco para o desfile mais aguardado da London Fashion Week. A marca britânica, com seu charme irresistível e toque de tradição, reuniu não apenas celebridades, mas também fashionistas prontos para testemunhar a mistura perfeita entre o clássico e o inovador. E como sempre, Daniel Lee, diretor criativo da casa, mostrou por que a Burberry ainda é a peça-chave no quebra-cabeça do luxo mundial.

Ah, o trench coat! Quem poderia imaginar que uma peça tão icônica poderia ser desconstruída, cortada e reimaginada de tantas formas? Daniel Lee trouxe uma abordagem ousada ao clássico britânico, transformando-o em jaquetas curtas, parkas militares com penas de organza de seda e capinhas minimalistas. Enquanto as modelos cruzavam a passarela com silhuetas fluídas e luxuosas, o trench coat – peça fundamental do guarda-roupa Burberry – brilhou em novos formatos, evocando tanto o glamour do passado quanto o futuro funcional.

Mas se engana quem pensa que o espetáculo se resumiu à tradição. O toque Y2K, que está fazendo a cabeça da geração Z, apareceu com força. Calças capri de cintura baixa, saias cargo e parkas oversized trouxeram o contraste perfeito entre o high-low britânico e a nostalgia dos anos 2000. É claro que, com Lee no comando, cada peça carregava aquele toque de elegância que faz a Burberry ser, sempre, um ícone.

E o casting? Simplesmente impecável. Lila Moss, com seu ar cool, pausou as filmagens no Lake District para desfilar na passarela, seguida por nomes como Barry Keoghan, Jourdan Dunn, Skepta e o casal queridinho do TikTok, Nara e Lucky Blue Smith. Quem também marcou presença foi a Liu Wen, supermodelo chinesa que fechou o show em grande estilo, reforçando que a Burberry não economiza na escolha de seus talentos.

E por falar em Liu Wen, seu vestido dourado de lantejoulas foi um verdadeiro espetáculo por si só. Fechar o desfile com essa peça não foi uma escolha ao acaso. 0 vestido, todo adornado em lantejoulas douradas, evocava a aura glamourosa da era de ouro de Hollywood, mas com uma sofisticação moderna e minimalista. A silhueta drapeada e fluida envolvia o corpo de Liu com perfeição, enquanto o decote profundo e a amarração no pescoço adicionavam uma sensualidade discreta, porém marcante. 0 brilho intenso do dourado refletia a luz da passarela em um jogo de movimento e elegância, fechando o show com um ar de majestade. Um encerramento à altura da grandiosidade Burberry sempre entrega.

Mas, o verdadeiro destaque para nós, brasileiros, foi a modelo Nataly Vieira, que desfilou com exclusividade para a Burberry. E se você pensa que Nataly brilha apenas na passarela, se prepare! A musa está lançando seu primeiro livro, “Um Amor Entre Dois Mundos”, pela editora Chico Xavier. Uma modelo-escritora? Sim, é isso mesmo! Nataly prova que o céu é o limite, navegando entre o mundo fashion e literário com uma elegância que só ela tem. Entre desfiles e palavras, Vieira fez uma estreia inesquecível para a Burberry, convidando o público a viajar entre suas diferentes facetas.

E não foi só Nataly que representou o Brasil na passarela da Burberry. As modelos Luiza Perote e Lara Menezes também fizeram bonito, mostrando que o poder brasileiro segue firme e forte no cenário internacional da moda.

Claro, os acessórios não poderiam faltar. Quem assistiu ao desfile viu que os cintos xadrez nova trouxeram um toque moderno às saias laranja vibrante, enquanto bolsas clutch de lantejoulas e totes em azul cobalto deram aquele brilho necessário para completar os looks. Cada peça parecia escolhida a dedo para capturar o espírito do luxo contemporâneo, sem perder de vista o toque clássico que faz da Burberry o que ela é.

A paleta de cores, uma homenagem ao trabalho do artista Gary Hume, trouxe tons de lilás, verde e laranja, evocando tanto o glamour quanto a nostalgia das melhores épocas da moda. Daniel Lee sabe bem como jogar com esses elementos para criar uma coleção que dialoga com o passado, mas está claramente de olho no futuro.

Desde que assumiu o posto em outubro de 2022, Daniel Lee tem trabalhado para renovar a imagem da Burberry, que enfrenta desafios financeiros cada vez maiores. Apesar das dificuldades, o designer provou que a marca ainda tem muito a oferecer. E, se depender de seu talento em reinventar o clássico, a Burberry está longe de perder seu brilho.

A pergunta que fica é: como a Burberry vai continuar a navegar em meio às mudanças constantes da indústria da moda? Com desfiles como esse, onde o passado encontra o presente de forma tão elegante e ousada, podemos apostar que a marca ainda tem um longo caminho de sucesso pela frente.

Foto: Divulgação