Quem é Raika Sales? A Baiana que Transformou a Burberry em Passarela de Sussuarana!

De Sussuarana para o mundo, honey: Raika Sales transformou a Burberry em passarela de manifesto. Não foi só seu grande debut internacional na London Fashion Week, foi choque de placas tectônicas entre a renda baiana e o utilitarismo britânico. Do barro da periferia de Salvador ao céu fake projetado em Londres, a modelo baiana provou que moda não é geografia colonial, é reescrita cultural. Atura ou surta, bebê: a Burberry agora também tem sotaque baiano.

Por Fábio LageHouse of Models

O Babado Começa no Barro

Ui ui ui, mon amour de Xique-Xique, segura essa: enquanto os britânicos projetavam céu fake de festival na passarela da Burberry, quem realmente roubava a cena era uma garota saída de Sussuarana, periferia de Salvador, com mais densidade cultural que muito manual de história da arte. Raika Sales não nasceu para pedir licença, honey; ela entrou no desfile Summer 2026 de Daniel Lee como quem invade a sala de estar do colonialismo britânico e diz: “Agora vocês vão ter que me engolir, honey Lee”.

Da Casa da Tia ao Casting Global

Vamos combinar: não é todo dia que uma mudança de guarda-roupa vem junto com uma mudança de guardiã. Aos 11 anos, Raika trocou o teto da mãe pelo da tia. Drama familiar? Talvez. Plot twist? Com certeza. Foi nesse intervalo que a menina de tranças e brincadeiras de passarela virou projeto de futuro. Aos 12, Verenna Marques; a scouter baiana que mais parece radar humano… enxergou o que Londres ainda nem sonhava. Mandou direto para a Canvas Management, e dali a história começou a se escrever com letras de contrato.

Elle Brasil 2023: Não Foi Capa, Foi Tapa

E convenhamos meus querides, quando Raika apareceu na Elle Brasil em 2023, não era só mais uma capa. Era tapa na cara do mercado brasileiro que ainda insiste em vender diversidade como trend, não como realidade. Pele retinta, sorriso contido e olhar que não pede aprovação. A Elle entregou um editorial que ná prática é um verdadeiro certificado de existência. Campo Bom que me perdoe, mas a Bahia é quem está no comando do babado. E que Babado!

Londres Tremeu, Mon Petit

Corta para setembro de 2025, London Fashion Week, babê… o grito! O desfile da Burberry vem embalado em franjas, parkas enceradas, macramês e botas que mais parecem saídas de um festival pós-apocalíptico. E lá vem ela: Raika Sales com vestido lilás rendado colado na pele, casaco roxo utilitário pesando nos ombros e botas militares areia fincando território. Não é look de passarela, mon amour, é tratado de geopolítica. O macramê remete à renda de vó nordestina, o casaco encarna pragmatismo britânico, e a bota? A bota diz: “Eu piso onde quiser”.

De Feira de Santana a Londres

Não estamos falando de exceção. Estamos falando de linhagem. Bárbara Valente já botou Chanel e Fendi na conta. Samile Bermannelli brilhou em Nova York e nem precisamos falar de Adriana Lima, né? Raika chega como capítulo novo dessa genealogia afro-baiana que não pede convite, impõe presença. O quarteto é a prova viva de que a Bahia deixou de ser só cenário para virar protagonista no tabuleiro global da moda. Atura ou surta, bebê!

Tokenismo ou Futuro?

O mercado europeu adora vender diversidade como acessório. Coloca uma modelo negra no casting e acha que resolveu 400 anos de colonialismo. Mas Raika Sales não é figurante para aliviar consciência. Ela é protagonista que desmonta o mito da eurocentricidade fashion. Quem vê só “quota” está míope. Quem vê futuro entende: é sobre potência de origem, não sobre concessão.

Sussuarana Não É Rodapé

Raika não é rodapé de release, é headline global. Não é modelo coadjuvante, é manifesto ambulante. Da casa da tia à capa da Elle. Do casting em São Paulo ao céu falso da Burberry. De Sussuarana para Londres. E se ainda restava dúvida, basta acessar o site oficial da Burberry e ver: “Model: Raika Sales. É fato, é arquivo, é história. O resto é barulho.
Beijinhos!


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Foto: Divulgação