Por Fabio Lage – House of Models
Se cabelo é coroa, aqui ninguém tira férias do trono, mon amour de Araraquara! Antes de mergulhar no universo de tranças, cabelo crespo e empoderamento, abre o olho, porque este texto foi escrito por quem fala com dread na cabeça e autoestima na ponta dos dedos.
“Eu, Fábio Lage, editor dessa treta fashion que é o House of Models, já nem me reconheço sem meus dreads. Não é só estilo — é poder, é lacração, é meu escudo contra o ranço e meu ingresso pra roda de conversa boa, seja no backstage da SPFW ou no samba de rua. Sinto que os dreads — assim como as tranças, box braids, nagô e qualquer penteado de raiz forte e ancestralidade escancarada — empoderam, criam ponte, dão aquela força que só quem já bateu de frente com padrão de beleza europeu sabe o sabor que tem… é fantástico!”

Vem comigo, darling, porque aqui o papo é reto: cabelo não é só enfeite. Quem já sentiu o frisson de um penteado ancestral sabe que ali tem história, identidade, proteção, orgulho e, sim, uma bela dose de provocação visual. O cabelo vira conversa, aproxima, conecta, e, às vezes, basta o trançado pra ganhar um “irmão” ou uma “crush” só no olhar do outro. Agora, se prepara porque a história que você vai ler é daquelas de abalar Bangu, querides: a jornada de Julia Menezes, modelo, atriz, e dona de um cabelo que é pura trend, manifesto, resistência e inspiração para toda uma geração.
Muito além da estética: quando cabelo vira manifesto!
Julia Menezes, agenciada pela Mix Models Agency, não nasceu pra seguir roteiro de salão: ela escreve o próprio babado. O cabelo crespo pra ela nunca foi só visual, mas sempre foi símbolo de identidade, raiz e autoestima — daqueles que, quando bem cuidado, faz o espelho até tirar print. Julia lacra com os fios curtinhos e descoloridos, sempre apostando na praticidade com aquele ar de quem acordou pronta pra “lacrar no rolê”. A rotina começa com uma esponjinha mágica para cabelo crespo: pequena, eficiente, parceira de todo dia e capaz de definir os fios em movimentos circulares que dariam inveja até na musa do TikTok. Isso é “penteado salva-vidas”, mon petit!

Tranças: símbolo de força, memória e resistência.
Mas, bebê, se tem um capítulo forte nessa novela, é o das tranças. Antes de qualquer trançado, Julia cuida dos fios como quem prepara um terreno sagrado babadeiro: cabelo limpo, reconstrução potente com aquele shampoo incrível da L’Oréal Professional, muita paciência e carinho. Na hora de dormir, alterna entre touca de cetim e durag — e se o babado estiver sério, vai com os dois mesmo, porque proteção nunca é demais! E para aquele brilho que faz inveja em filtro do Instagram, ela aposta em mousse específico para cabelo crespo, sem pressa, dando tempo ao tempo, porque beleza raiz é sobre cuidar, respeitar e viver cada fase.
Nada de seguir receita do Pinterest: Julia inventa, arrisca, reinventa. E o resultado? Tranças que são pura resistência, orgulho e ancestralidade. Em tempos de escravidão, as tranças nagô foram mapa, esconderijo de sementes, código secreto. Hoje, são símbolo de poder, história, autoestima, e de quem lacra enfrentando o racismo estrutural de frente, com frisson, ranço zero e muita disposição pra “causar”. Trançar, pra ela, é ato político, é escrever a própria narrativa e deixar o recado: “tenta passar batido por mim, honey, que tu não consegue!”.

Visual poderoso, dias corridos e lenços curingas…
Se tem um look que faz Julia se sentir rainha do rolê — “abala Copacabana e a Sapucaí junto!” — é a trança nagô longa. Visual marcante, cheio de personalidade, que entrega atitude de sobra em qualquer red carpet da vida. Mas, como toda rainha sabe, nem todo dia é dia de passarela. Nos dias em que a correria vence, Julia se joga nos lenços: coloridos, estampados, diferentes amarrações — é aquela praticidade fashionista que só quem tem criatividade raiz entende. Lenço no cabelo, autoestima lá em cima e “partiu ser feliz”, porque o babado é certo e a tendência grita!

Mudanças, processos e a coragem de se reinventar.
Julia Menezes nunca teve medo de mudar — pelo contrário, ela se alimenta de transformação. Em 2023, abriu mão do loiro e foi de cabeça (literalmente!) para o preto intenso com gips braids. Foram doze horas de salão, dois meses de pura lacração, muitas selfies e aquela sensação de “me reinventei e amei”. Foi rito de passagem, redescoberta, e libertação com direito a exposed pra quem achava que cabelo crespo só podia um tipo de penteado. Aqui não, honey Lee de Panambi!
Herança ancestral e orgulho de ser quem é!
O uso das tranças vai muito além de tendência do Instagram ou do Pinterest. É ato de resistência, de orgulho, de pertencer a uma linhagem que abriu caminho, enfrentou racismo, driblou preconceito, e nunca deixou de trançar o cabelo como símbolo de liberdade, afeto e autoestima. Olhar no espelho com tranças prontas é se ver inteira, conectada com as ancestrais e pronta pra lançar moda, inspirar e ser exemplo pra todo mundo, até pra quem “tá na Disney” e não entendeu ainda a força que é ser quem se é.

Conselho de quem já viveu cada etapa!
Se tem conselho mais verdadeiro que o de Julia Menezes, desconheço. “Testa, sem medo!” — arrisque, experimente, busque referências, seja na internet, com a família, com a galera do bairro ou naquela tia biscoiteira que sempre tem um penteado novo no churrasco. Raspe, trance, alise, volte ao natural: cada fase é legítima, cada escolha é sua coroa, cada história é babado que só você pode contar. E se alguém vier com papo de padrão, manda pastar que aqui é autoestima de quem não precisa de permissão pra brilhar.
Cabelo como símbolo de identidade e poder.
No fim do dia, cabelo pra Julia é símbolo vivo de identidade negra, autoestima, ancestralidade, força e pertencimento. Cada escolha revela uma mulher que honra o passado, vive o presente com lacração, não pede licença pra ser feliz e encara o futuro com coragem. Julia é o retrato do que a moda afro-brasileira tem de mais potente: autenticidade, diversidade, história, afeto, empoderamento — e, claro, muito poder de causar.

O cabelo é coroa, é resistência, é manifesto. E Julia Menezes? Rainha desse trono, darling! No House of Models, quem não celebra as raízes, “vaza na braquiara” e perde o bonde da autoestima. Atura ou surta, bebê, porque aqui o babado é certo, a trend é real e o frisson é garantido!
Lacrou, mon amour! E se achou pouco, é só stalkear: o conteúdo do House of Models é sempre assim — mais quente que trend de TikTok, mais verdadeiro que publi fake, mais autoral que filtro retrô. Deus me free de conteúdo morno!
Foto: Divulgação
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