VERSACE: ESCÂNDALO, PODER E UMA MEDUSA SEM DONATELLA? A GRIFE MAIS OUSADA DA MODA PODE MUDAR DE DONO (DE NOVO!)

Ui, ui, ui, mon amour! Segura esse B.O. porque a casa Versace está prestes a entrar na sala de cirurgia do capitalismo e sair com um novo sobrenome. Depois de anos sendo o império do escândalo fashion – com direito a supermodelos, crimes de Hollywood e tapetes vermelhos de cair o queixo – a marca fundada por Gianni Versace pode ser engolida pela Prada. Isso mesmo, bebê: de maximalista a minimalista, a Medusa pode trocar de look e entrar na era Miuccia. Mas antes de falarmos desse futuro que promete ser tão dramático quanto um desfile de alta-costura da Donatella, vamos dar um rewind básico nessa história digna de série do Ryan Murphy. Porque a Versace não é só moda, é entretenimento puro!

O COMEÇO: ANTES DA MEDUSA, UM MENINO NA CALÁBRIA

Era uma vez, no sul da Itália, um garoto chamado Gianni Versace. Ele nasceu em Reggio Calabria, uma cidade que respira ruínas gregas e onde mulheres ricas faziam fila no ateliê da mamãe Francesca para conseguir vestidos impecáveis. Enquanto os outros meninos jogavam bola, Gianni estava ali, no meio das tesouras e rendas, aprendendo a transformar tecido em poder.
Já nos anos 1970, ele trocou a vidinha pacata da Calábria pelo fervo fashionista de Milão, onde trabalhou como freelancer até dizer: “CHEGA! Eu quero a minha própria marca!” E em 1978, com a ajuda do irmão Santo Versace (o gênio das finanças) e da Donatella Versace (a musa platinada), ele fundou a Gianni Versace S.p.A.
foi aí que o tsunami Versace começou.

A ERA GIANNI: LUXO, GLAMOUR E A SURRA NAS MARCAS CARETAS

Os anos 80 e 90 foram um delírio Versace. Enquanto outras grifes ainda estavam presas ao minimalismo e às roupas certinhas, Gianni chegou chutando a porta com cores vibrantes, tecidos metálicos, cortes ousados e um grito de sensualidade que escandalizou a sociedade da época.
Dizia-se nos corredores fashionistas:

“Armani veste a esposa. Versace veste a amante.”

E Gianni se jogava no escândalo sem medo: ele queria ver ombros marcados, malha metálica Oroton, estampas barrocas, muito dourado e vestidos colados no corpo como uma segunda pele. Se era pra brilhar, era pra brilhar MAIS QUE O SOL.
Mas o grande truque do mestre? Ele percebeu antes de todo mundo que moda e cultura pop andam de mãos dadas. Enquanto os outros ainda estavam brincando de desfile para ricaços, Gianni pegou suas roupas e jogou no palco dos astros da música, no tapete vermelho de Hollywood e no corpo das supermodelos que definiam uma geração.
Foi ele quem transformou Madonna, Elton John, Princess Diana, Cindy Crawford e Naomi Campbell em outdoors humanos de seu império. Quem não lembra de Elizabeth Hurley e seu vestido dos alfinetes? O escândalo que parou o mundo e redefiniu o conceito de sensualidade na moda?
E claro, anos depois, Jennifer Lopez fez o mesmo com aquele vestido verde tropical, que não só QUEBROU A INTERNET como forçou o Google a inventar o Google Imagens porque todo mundo queria ver aquela obra-prima de perto.
Sim, mon amour, Versace não fazia roupas. Versace FAZIA MOMENTOS.
Mas aí veio 1997…

A TRAGÉDIA: O DIA EM QUE O IMPÉRIO DESMORONOU

No dia 15 de julho de 1997, Gianni Versace foi brutalmente assassinado na porta de sua mansão em Miami Beach, baleado por Andrew Cunanan, um serial killer que já vinha deixando um rastro de sangue pelos Estados Unidos.
O funeral de Gianni foi um evento que misturava fashion week com tragédia shakespeariana: Madonna, Elton John, Naomi Campbell, Giorgio Armani e até a Princesa Diana estavam lá, todos devastados.
E no meio do caos, uma pergunta pairava no ar:
A Versace vai sobreviver sem Gianni?

DONATELLA, A HERDEIRA PLATINADA QUE VIROU A RAINHA DA MEDUSA

Se antes Donatella era apenas a musa fashion da casa, agora ela tinha que comandar o império. Mas, mon amour, ninguém vira Gianni da noite para o dia.
Os primeiros anos foram um verdadeiro pesadelo. A grife perdeu o brilho, as vendas caíram e Donatella enfrentou problemas com drogas e pressão absurda da mídia. Mas, aos poucos, ela encontrou seu caminho: menos exagero, mais sofisticação, sem perder o DNA sexy da marca.
Ela apostou nas celebridades, nas colaborações bombásticas (Oi, H&M!) e nos momentos icônicos, culminando no desfile tributo a Gianni em 2017, onde as supermodelos OG (Naomi, Cindy, Claudia, Carla Bruni e Helena) desfilaram como deusas gregas, fechando um ciclo de luto e celebração.
Mas aí veio 2018, e mais um plot twist: a Versace foi vendida para a Michael Kors (Capri Holdings) por US$ 2,1 bilhões.
Fim da era familiar, começo da era corporativa.

O QUE ESPERAR AGORA? A PRADA VEM AÍ?

Agora estamos em 2025, e o que dizem nos corredores do luxo?
A Prada está de olho na Versace e pode comprar a grife por cerca de €1,5 bilhão. Isso significaria que a Medusa trocaria de dono novamente, mas desta vez para um império ITALIANO, trazendo a marca de volta para casa.
Mas… será que essa fusão faz sentido? Prada e Versace são opostos completos:
Prada: Minimalismo, intelectualidade, refinamento cool.
Versace: Maximalismo, exagero, barrocada, celebridades e luxo ostentação.
Se essa fusão acontecer, o que será da Versace?
Recentemente, Dario Vitale foi nomeado novo diretor criativo, e Donatella passou para um cargo institucional. Sinal de que a mudança já está acontecendo?
E a pergunta que não quer calar: O QUE A PRADA VAI FAZER COM DONATELLA? Ela fica? Sai? Vira embaixadora? Ou simplesmente pendura os saltos e vai curtir uma aposentadoria platinada?

O VEREDITO: A VERSACE PERDE A ALMA OU GANHA UM FUTURO?

A única certeza? A Medusa nunca fica parada.
Seja nas mãos da Prada, da Tapestry ou de um novo jogador, a Versace já sobreviveu a tudo – tragédia, crises e até Donatella nos anos 2000.

O que resta saber é:

Esse será o renascimento da marca ou o momento em que ela perde sua essência?
Comenta, compartilha e diz pra gente: você acha que a Versace vai sobreviver a mais essa reviravolta?

Foto: Divulgação