Mon amour, se você acha que vamos falar de um editorial bonitinho, já te aviso: é muito mais do que isso! Estamos diante de um manifesto visual que mistura moda, política, resistência e, claro, uma pitada daquele glamour que só a Vogue sabe entregar. Então, se prepara, meus ‘querides’, lá vem história sobre o que está por trás do editorial…
“Home of the Brave” é praticamente um grito da América às vésperas de uma das eleições mais polarizadas da história recente. Enquanto o país inteiro se prepara para decidir o futuro da sua democracia, a edição de novembro Vogue US dá um passo à frente e nos presenteia com uma ode à diversidade, à resiliência e à luta – tudo através do olhar afiado de Norman Jean Roy, que comandou a fotografia desse ensaio arrebatador. Querides, pensem nisso como uma aula de história moderna embalada com looks de fazer a gente suspirar.
O styling, assinado pelo talentoso Max Ortega, é um show à parte. Mon amour, o que temos é uma combinação poderosa de texturas, padronagens e cortes, com uma pegada oversized e xadrez que traduzem o momento caótico, mas cheio de potencial, que a América vive. As modelos, incluindo Karlie Kloss, Caroline Trentini, Colin Jones, Lulu Tenney, Hejia Li, Angelina Kendall, Quannah Chasinghorse, Luiza Perote, Devyn Garcia, Amelia Gray, Ali Dansky e Paloma Elsesser, não estão apenas usando as roupas – elas estão vestindo uma causa. E como vestem, honey Lee!
Com a direção de cabelo de Sonny Molina e a maquiagem impecável de Grace Ahn, a beleza aqui é sóbria, mas com aquele toque de ousadia que deixa tudo ainda mais irresistível. Cabelos estruturados e peles luminosas complementam as composições de maneira quase cirúrgica – como se cada fio e cada pincelada estivesse dizendo: “Prepare-se para a batalha.”
Mon amour, o editorial “Home of the Brave” é mais do que um título bonitinho. A expressão, parte do hino nacional americano, evoca imagens de bravura e resistência – e essas imagens são diretamente ligadas ao momento político que estamos vivendo. Com Kamala Harris estampando a capa do mês de outubro, a mensagem está claríssima: a moda, mais uma vez, está de mãos dadas com a política. E isso, darling, é uma tradição que remonta às maiores casas de moda que sempre usaram seus desfiles como plataformas de discussão social. Lembra de Chanel na Revolução Feminina? Pois bem, estamos vivendo algo parecido, só que nas ruas de Union Square e ao som de hits democráticos.
Cada foto do editorial é um tapa de realidade: as ruas em construção simbolizam o que está acontecendo no próprio país. Há fumaça, obras, pessoas indo e vindo, e no meio disso, mulheres poderosas – em looks impecáveis, claro – caminhando com determinação. Olhar para essas imagens é como ver uma metáfora da luta diária de todas as mulheres. É como dizer que, mesmo quando tudo parece estar ruindo ao nosso redor, seguimos em frente, com elegância e confiança. – “Que Jesus nos de-Fendi!”
E por falar em elegância, não dá para deixar de destacar a diversidade do casting. Quannah Chasinghorse e Luiza Perote, com seus visuais que remetem diretamente à ancestralidade indígena, nos entregam uma mensagem poderosa: o futuro da moda e da sociedade só pode ser construído com respeito às nossas raízes. Luiza Perote, natural do Amazonas, coração da Floresta Amazônica, traz consigo toda a força de sua ancestralidade em um vestido vermelho com estampa floral, cheio de movimento e vida. A combinação entre o design fluido e os elementos da natureza fala de uma conexão íntima com a terra. Darling, é pura poesia em movimento – uma celebração de culturas muitas vezes apagadas. – Ui ui ui, que coisa linda de ver!
Mas calma aí, querides, não paramos por aqui! A dualidade continua com aquelas fotos em preto e branco. O contraste forte entre o que é retrô e o que é futurista salta aos olhos. Karlie Kloss e Carol Trentini aparecem com roupas que evocam poder e tradição, enquanto Paloma Elsesser representa a mulher contemporânea que domina qualquer cenário. As alfaiatarias afiadas lembram que o clássico nunca sai de moda, mas aqui elas são reinterpretadas de forma quase militar, como se fossem armaduras visuais que preparam essas mulheres para a batalha diária.
Darling, esses looks são verdadeiros manifestos de resistência – e não só pelo design, mas pelo que representam. Estão preparados para lutar e, ao mesmo tempo, desfilando pelas ruas como se estivessem em uma passarela. Isso é o puro ‘uh lá lá’ da moda: a capacidade de transformar o ordinário em extraordinário, e de, ao mesmo tempo, nos atentar de que podemos ser poderosos mesmo em meio ao caos.
Agora, mon amour, vamos chegar à cereja do bolo. Não dá para falar de “Home of the Brave” sem refletir sobre o que ele significa para a moda e para o momento político atual. Esse editorial é a síntese perfeita do poder da moda em tempos de crise. As roupas não estão ali só para embelezar, mas para contar uma história – a história de uma América que se reconstrói em meio a tensões sociais e políticas.
E se tem uma coisa que fica clara aqui, darling, é que a moda não é só um reflexo da sociedade – ela é um agente ativo de mudança. A edição de novembro de 2024 da Vogue traz a cantora Billie Eilish de volta às suas páginas, quatro anos após sua última aparição na revista. Sob o olhar intrigante do fotógrafo Mikael Jansson, Eilish posa com um terno Gucci e uma camisa e gravata da Bottega Veneta, estilizada por Ib Kamara. Mas o impacto da edição vai além da escolha da capa: o editorial “Home of the Brave” mostra que a Vogue está pronta para liderar conversas mais amplas sobre diversidade e inclusão. Não é só sobre quem veste o quê, mas sobre quem somos e para onde estamos indo. Querides, isso é pura resistência – e nós, claro, estamos aplaudindo de pé.
Honey Lee, A moda é muito mais do que apenas aparência. Ela é história, é luta, é bravura!
Foto: Norman Jean Roy – Editorial: Home of the Brave
Foto: Mikael Jansson – Capa: Billie Eilish
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