Borogodó Brasileiro e o Pop Explosivo: O Que Falta Para a Victoria’s Secret Conquistar o Mundo em 2024?

A era das asas e do brilho exagerado pode ter ficado para trás, honey Lee, mas o Victoria’s Secret Fashion Show de 2024 provou que a marca ainda sabe como conquistar o público… ao menos em alguns momentos. Após um hiato de seis anos, o show voltou em grande estilo, transportando o público para o Brooklyn Navy Yard, com o Empire State Building iluminado de rosa. Com um casting assinado pelo badalado diretor de elenco Piergiorgio Del Moro, que trouxe supermodelos e um espetáculo que equilibrou o glamour clássico com uma nova face inclusiva, a VS apostou alto em um retorno responsável. Um dos destaques inusitados foi o uso das “asas sem penas” – um feito que chamou a atenção do PETA, que comemorou a escolha sustentável em seu Instagram. Sem uma única pena de pássaro, as asas de 2024 mostraram que a marca pode evoluir sem perder sua assinatura visual.

Borogodó, Pimenta e Confiança – As Brasileiras Têm Tudo

Meus amores, este ano, as brasileiras brilharam. Adriana Lima e Alessandra Ambrosio, ícones da era de ouro da Victoria’s Secret Fashion Show, provaram que ainda têm o poder de incendiar qualquer passarela. Isabeli Fontana, com seu olhar intenso, trouxe o toque clássico de quem já conhece o jogo. E para completar, Paula Soares, a alagoana que trouxe frescor e representatividade, mostrando que o Brasil tem, sim, um estoque inesgotável de talentos com aquela pimenta e malemolência que só nós entendemos.

E óbvio, não podemos esquecer de Valentina Sampaio, que levou a representatividade a um novo nível. Como modelo trans brasileira, Valentina arrasou na passarela futurista, literalmente dando asas para a inclusão e mostrando ao mundo que a VS está finalmente se abrindo para a diversidade real. Ela representa uma nova geração de modelos, uma que desafia estereótipos e abraça a pluralidade – exatamente o que a marca precisa para se reconectar com o público de hoje.

Engajamento – O Brasil Ama uma Treta e uma Boa História

Se tem algo que o brasileiro adora, é levantar bandeira. Ver modelos nacionais no palco de um dos desfiles mais icônicos do mundo é motivo de orgulho e engajamento em massa. Durante a SPFW N58, enquanto eu cobria o desfile da marca Another Place (que demorou para começar), era visível a atenção voltada para a transmissão ao vivo do Victoria’s Secret Fashion Show 2024. Nos celulares, Adriana, Alessandra, Isabeli, Paula e Valentina dominavam a tela e os corações dos que aguardavam. A internet explodia, e as redes sociais se tornavam verdadeiras arenas de apoio e euforia. Cada aparição das nossas brasileiras era motivo de milhares de postagens, comentários e memes – o tipo de engajamento espontâneo que toda marca sonha em alcançar.

Com o Brasil no topo do ranking de engajamento digital, a presença de modelos brasileiras é quase um convite para que o desfile se torne um trending topic global. E, convenhamos, é exatamente disso que o Victoria’s Secret Fashion Show precisa para voltar a ser relevante e amada pelo público.

A Hora e a Vez de Anitta – E que Tal a Patroa do Brasil na Próxima Edição?

Cher simplesmente arrasou no desfile do Victoria’s Secret Fashion Show 2024! Se tem alguém que parece estar no formol, é ela – gata e icônica, provando que seu brilho só aumenta com o tempo. A presença de Cher trouxe aquele glamour incomparável, com uma performance digna de diva que deixou o público em êxtase. Mas, pensando nas próximas edições, não custa imaginar o impacto de uma apresentação da nossa patroa, Anitta, que certamente não deixaria uma alma viva sem mexer o popozão, honey!

Anitta, com sua legião de fãs e energia inigualável, poderia transformar o desfile em um verdadeiro baile funk, entregando aquela dose de brasilidade e carisma que só ela sabe. Ela é exatamente o que a VS precisa: uma mulher forte, moderna e empoderada, que representa o Brasil no mundo e sabe muito bem como fazer qualquer plateia vibrar. Com a patroa no palco, o Victoria’s Secret Fashion Show teria um espetáculo que deixaria o mundo inteiro comentando e reafirmaria o desfile como um evento cultural imperdível.

Nostalgia e Chic – A Volta das Supermodelos

Outro ponto alto do desfile foi o toque de nostalgia, com Tyra Banks de volta ao palco. Ver Tyra é reviver a era de ouro da VS, onde glamour e poder eram sinônimos. Junto dela, Carla Bruni, Eva Herzigová e Kate Moss – fazendo sua estreia no Victoria’s Secret Fashion Show 2024 aos 50 anos – trouxeram um toque de elegância e sofisticação, aquele chic europeu que só elas conseguem. E a entrada de Imaan Hammam, com sua beleza e atitude contemporâneas, deu um frescor moderno ao casting, que teve uma variedade impressionante de estilos e personalidades.

A noite também celebrou a diversidade com modelos que quebram estereótipos, como Paloma Elsesser, uma das poucas modelos curve a se firmar na passarela, e Ashley Graham, que nunca havia assistido a um desfile da VS antes por falta de representatividade de corpos como o dela. Paloma e Ashley foram ovacionadas honey, reforçando o impacto da inclusão. Alex Consani, modelo trans, também trouxe mais diversidade ao casting, dando ao público a sensação de que algo realmente novo estava em cena.

Representatividade ou Estereótipo? Hora de Escolher, Victoria’s Secret

Honey Lee do céu, dizer que a Victoria’s Secret quer ser inclusiva é fácil, mas mostrar isso de verdade vai além da aparência. A inclusão de mais brasileiras e artistas globais como Anitta seria um passo concreto em direção a uma diversidade cultural genuína. Não basta adicionar diversidade visual; é preciso incorporar culturas e histórias que ressoam com o público.

As modelos brasileiras entregam essa autenticidade, e o desfile deste ano provou que, quando bem selecionado, o casting faz toda a diferença. Agora, resta saber se a VS vai seguir esse caminho de conexão real com o público, ou se voltará aos clichês que já não fazem efeito.

Reinvenção ou Repetição?

Se a Victoria’s Secret quer realmente um comeback, está na hora de parar com a mesmice. Este desfile foi um passo na direção certa, mas ainda falta aquele impacto completo – um desfile que emocione e conte uma história. Com mais modelos brasileiras, uma artista como Anitta no palco, e um casting que honre o passado sem perder o olhar no futuro, a VS tem a chance de brilhar novamente e conquistar o mundo.
xoxo

Foto: Reprodução