Luzes baixam, holofotes acendem. Lucaz Roberto está no palco, e o Estúdio CƎИA vai além do óbvio, trazendo uma dose de drama, alma e, claro, aquele toque de subversão que faz o coração da moda bater mais forte. Esqueça a passarela tradicional com seus looks previsíveis e siga o fluxo deste espetáculo caótico – porque aqui, cada peça é uma nota dissonante que, juntas, compõem uma sinfonia arrebatadora.
Primeiro impacto? Um vestido azul que não se contenta em ser apenas azul. Ele é profundo, quase abismal, adornado com flores que parecem ter saído de uma pintura impressionista – mas não se engane, o ar é moderno até o último detalhe. Lucaz toma a tradição e a vira de cabeça para baixo, criando uma peça que é ao mesmo tempo uma ode ao passado e um aceno ao futuro.
E aí, do nada, surge aquele vestido preto que corta o ar como uma lâmina. Gola alta, mangas bufantes, e uma presença que se impõe sem pedir licença. Este não é um luto que se esconde; é um luto que grita resistência e poder. Lucaz sabe como manipular o tecido, criando um look que veste o corpo como uma segunda pele, mas com a dureza de uma armadura.
E quando você pensa que o drama se acalmou, entra em cena um corset metálico que reflete cada feixe de luz, combinado com leggings vermelhas que chamam a atenção para o jogo entre o rígido e o fluido. O resultado é um visual que exala força e liberdade, em uma narrativa visual que só Lucaz poderia tecer.
Mas calma que tem mais: um pink avassalador aparece e toma conta do palco. Um vestido que é uma explosão de feminilidade exagerada, com babados que parecem sair de um filme de alta-costura, mas com aquele twist contemporâneo que faz você repensar tudo o que sabia sobre moda. Este não é um look para as tímidas; é para quem quer – e sabe – roubar a cena.
O próximo golpe? Um corset dourado, tão luminoso que parece ter capturado a própria essência do sol, combinado com leggings rosadas que trazem uma energia fresca e vibrante ao conjunto. A silhueta é uma declaração de poder, enquanto a escolha dos acessórios – uma clutch prateada aqui, um toque de futurismo ali – faz o look brilhar em um outro nível.
E como não falar do momento em que a natureza invade a passarela? Um vestido floral que não se contenta em ser apenas bonito. As flores parecem ganhar vida, enquanto a estrutura do vestido desafia a gravidade, fazendo qualquer um parar para olhar. É Lucaz Roberto mostrando que até o caos pode ser incrivelmente elegante.
Mas espere – há ainda o laranja! Um vestido que se move como uma corrente de lava pela passarela, com camadas que criam uma fluidez quase hipnótica. A modelo, com uma presença que não deixa dúvidas sobre quem manda aqui, carrega o look com uma força que transcende qualquer estereótipo.
E, claro, o grand finale: um look dourado que é puro drama barroco, mas desconstruído para o mundo moderno. Ombros exagerados, mangas volumosas, uma silhueta que parece ter saído de um sonho – ou de um pesadelo, dependendo do seu ponto de vista. Lucaz encerra o desfile com uma peça que não só diz “olhem para mim”, mas também “tentem me esquecer” – porque, querido, isso não vai acontecer.
E aí vem o gran finale – ou, como gosto de chamar, os momentos roubados do show. Liniker invade a passarela como uma tempestade rosa, derrubando qualquer conceito ultrapassado de feminilidade frágil. O bustier estruturado, a saia volumosa, o buquê de flores – é tudo uma performance de força, identidade e, claro, um bom toque de subversão.
E Majur? Ah, Majur entra em cena com um vestido rosa que redefine a elegância moderna. O look é completado por tênis rosa – sim, porque Lucaz sabe que o conforto também é um luxo. No backstage, Majur compartilha o segredo de seu catwalk matador: autenticidade e, claro, aquela “água dourada” que ninguém sabe exatamente o que é, mas todo mundo quer um gole.
Fechem as cortinas, mas mantenham os olhos bem abertos. Lucaz Roberto entregou um espetáculo visual, uma história para se perder e se encontrar. Em um mundo onde o tempo é fluido e as normas são feitas para serem quebradas, o Estúdio CƎИA mostrou que a moda ainda tem muito a dizer – e muito mais a mostrar. Até o próximo ato, porque o show nunca para.
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