Naufrágio Fashion? Só Se For no Mar de Glamour de Guilherme Valente!

Guilherme Valente resolveu jogar a gente no mar revolto do amor-próprio – e não, não tem bóia salva-vidas. Na Casa de Criadores, o jovem estilista – que já está dando o que falar – trouxe uma coleção que é um verdadeiro mergulho nas profundezas da alma. Esqueça o convencional, o seguro e o morno; aqui, a moda é um furacão de sentimentos, um tsunami de referências e um banho de estilo que vai deixar até a Donatella Versace sem fôlego!

Logo de cara, Guilherme nos lança em uma correnteza de drama com aquele vestido branco que mais parece uma escultura de Michelangelo em tecido. As dobras sinuosas, quase barrocas, nos fazem lembrar das ondas de Hokusai – só que com muito mais glamour, claro. É a perfeita personificação daquele momento de “não sei se me afogo ou se me jogo”, onde a moda se transforma em uma batalha entre o desejo de se encontrar e o medo de se perder.

E o que dizer do look com top de rosas? Não, não é um déjà-vu dos anos 2000, meu bem! O jeans que você achava básico foi elevado a um status celestial, adornado com flores que parecem ter brotado no jardim secreto da alta-costura. E aquela saia midi? Pura sofisticação casual, mostrando que dá, sim, para ser ousada e chique ao mesmo tempo. Adiciona as meias vermelhas e as correntes, e você tem um visual que poderia facilmente desfilar em qualquer front row de Paris ou Milão.

Agora, respira fundo porque vem aí o corset masculino branco! Isso mesmo, Valente resolveu quebrar todas as barreiras e brincar com as regras de gênero como quem troca de roupa: sem medo e com muito estilo. É quase como se ele tivesse pegado a chave do armário da Madonna nos anos 90 e dado uma atualizada para os dias de hoje. O resultado? Um look que grita “eu sou quem eu quiser ser” – e não tem nada mais atual que isso, especialmente no universo em que a liberdade de expressão é mais necessária do que nunca.

E se você acha que já viu tudo, ainda tem o look com camisa preta volumosa e correntes que caem como lágrimas metálicas. Gente, aquilo foi o clímax do drama fashion! É como se ele tivesse pegado o melhor da Comme des Garçons e jogado uma pitada de Alexander McQueen – sem perder a essência brasileira, claro. É um visual que diz tudo sem precisar de palavras: força, fragilidade, renascimento.

O styling impecável de Henrique Sca e Hugo Machado, com a beleza assinada por Jaqueline Vieira e Gisele Santana, só elevaram ainda mais essa experiência sensorial. A paleta de cores, que transita entre o nude etéreo e o vermelho paixão, é uma verdadeira aula de como mexer com as emoções sem perder a elegância. E, claro, a trilha sonora de Diogo Simão nos levou para uma dimensão paralela, onde o amor-próprio é rei e a moda é sua rainha.

Guilherme Valente já havia nos impressionado com a sua explosiva “Bingo” e seus looks luxuosos para o Baile da Vogue, mas “AMA” é um divisor de águas. Uma carta de amor ao poder transformador da moda – e do autoconhecimento.

Foto: Divulgação – Ag. Fotosite