Ah, meus caros, se vocês acham que o futuro é só metal cromado e neon piscante, é porque ainda não foram arrastados para o universo paralelo de Brum Dellum. E desta vez, o estilista resolveu nos teletransportar para um “Novo Mundo” onde luz e sombra, fetichismo e espiritualidade, andam de mãos dadas, prontos para um baile sobrenatural que faria até Madonna morder o crucifixo.
Logo de cara, a passarela virou um palco para um elenco digno de um filme de terror – no melhor sentido possível! Uma guerreira vestida em uma t-shirt dress oversized, corrente para todos os lados, meias arrastão e mãos sujas de sangue. Sim, meu bem, você ouviu direito. Se Coco Chanel popularizou o preto básico, Brum Dellum tratou de manchá-lo com um toque de gore que faria Tim Burton aplaudir de pé.
Mas espere, que vem mais! Aí surge uma aparição etérea, quase como uma personagem perdida de Game of Thrones, só que em versão fashionista, é claro. Ela veste um vestido transparente que mais parece uma rede de pesca – se essa rede estivesse coberta de correntes de metal e brilhos. E, para arrematar, uma coroa que faria qualquer monarca tremer na base. Se a Mother of Dragons fosse para uma rave em Berlim, seria assim que ela apareceria.
Ah, e não me faça começar a falar sobre aquele modelo com o look branco, como se ele tivesse escapado de um culto apocalíptico, pronto para trazer o grunge de volta das cinzas, mas com uma pitada de sci-fi. E aquele chapéu oversized? Puro drama, pura arte. Se formos falar de chapéus icônicos, esqueça as fascinators de Philip Treacy! Aqui o negócio é mais underground, mais caótico, mais… Dellum!
Dellum é um visionário, um alquimista da moda que mistura simbologia e vanguarda com a facilidade de quem mistura gin tônica. E não é para menos: com raízes em Ribeira do Pombal, na Bahia, e um pé no universo espiritualista, ele trouxe para a passarela uma explosão de diversidade e resistência que deixaria até a última coleção da Balenciaga comendo poeira.
Vamos combinar, não é todo dia que a gente vê uma coleção tão ousada, tão destemida, tão… Dellum! Em um mundo de filtros do Instagram e produções controladas, ver algo tão cru e ao mesmo tempo tão sofisticado é um verdadeiro refresco. E não, isso não é para qualquer um. Isso é para quem tem coragem de abraçar o oculto, de flertar com o bizarro e de desfilar como se estivesse prestes a conquistar um novo mundo – ou destruí-lo.
Foto: Divulgação – Ag. Fotosite
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