Vamos combinar: a moda anda precisando de um shake-up, uma balançada básica pra sair do lugar-comum. E quem diria que o antídoto viria do subúrbio de São Paulo, nas mãos de Leandro Castro, o alquimista da moda que resolveu transformar resíduos têxteis em ouro fashionista? Pois é, queridos, se se preparem, porque a coleção “Autopoiese” veio para provar que até o lixo pode florescer com graça e estilo.
Comecemos pelo princípio: “Autopoiese” – um nome que até o mais antenado dos Instagrammers precisaria jogar no Google. Mas relaxa, porque já vou te poupar do trabalho: é aquele conceito científico chiquérrimo que fala sobre os seres vegetais que se autoconstituem. Traduzindo para a linguagem da passarela: Leandro Castro pegou essa ideia e desfilou uma coleção onde cada peça parece ter brotado da terra, como uma planta rara. E que desfile, meus amores!
Já no nesse look, sentimos o impacto. Um casaco tão volumoso e desconstruído que mais parecia um casulo de crisálida prestes a explodir em algo glorioso. O tecido? Um amontoado poético de feltro técnico e estopa de algodão… viramos todos eco-fashionistas convictos. Os sapatos, ah os sapatos, eram uma verdadeira festa de plumas neon, como se um flamingo dos anos 80 tivesse ressuscitado e decidido fazer uma aparição triunfal no feed de todos nós.
Seguindo a trilha, lá vem o pretinho nada básico. Um look monocromático que joga na cara da sociedade que o preto não precisa ser boring. O casaco com nervuras finamente trabalhadas lembrava as veias de uma folha, e vamos combinar que o modelo que o vestia carregava a peça como se fosse uma armadura pós-apocalíptica – ready for the urban jungle! O corte impecável e a escolha dos tecidos reciclados gritavam:
E como falamos de Leandro Castro sem mencionar as texturas? Os vestidos pretos – que pareciam saídos de um filme de Tim Burton – foram o ápice do drama. Sim, drama, meu bem, porque na moda tudo que é grandioso carrega essa aura. As modelos, com olhares penetrantes e uma postura digna de rainhas do gótico chic, deslizavam com esses vestidos de textura volumosa e intrigante, parecendo esculpidos em carvão. Ah, e os sapatos? Claro, mais uma vez roubando a cena com seus pelos exagerados – o toque final de um estilista que sabe brincar com o over-the-top sem perder a classe.
Agora, se segurem na cadeira, porque vamos falar de Ale Berriel, que desfilou um dos looks mais icônicos da noite. Sim, essa mesma que acaba de assinar com a Mega Model, que tem a poderosa Roberta Rizzardi como head booker. Babado! E não para por aí, a Mega Model ainda anunciou uma fusão com a Another Agency – alô, impacto! Ale apareceu arrasando nesse vestido texturizado que parecia uma escultura de um vulcão prestes a entrar em erupção, mas no melhor sentido fashion, claro. E os sapatos? Plumas brancas que só confirmam: ela está pronta para alçar voos mais altos.
Leandro não veio apenas para plantar uma semente, ele trouxe a floresta inteira para o cenário fashion, e deixou bem claro: a natureza pode ser desconstruída, ressignificada e, ainda assim, manter sua majestade. Não é à toa que, depois desse desfile, já podemos esperar uma chuva de hashtags eco-friendly, porque todo mundo vai querer um pedaço dessa autopoiese para chamar de seu. Afinal, se é para ser sustentável, que seja com muito estilo e um toque de rebeldia, como manda o figurino.
E assim, meus caros leitores, ficamos com a certeza de que Leandro Castro está cultivando um novo jeito de ver – e vestir – o mundo. E vamos combinar, nada mais atual e necessário, não é? Se você ainda não entendeu a mensagem, dá uma passadinha no Instagram e revê os looks. Pode apostar que vai ficar mais verde do que as plantas com tanto desejo de botar as mãos em uma dessas peças.
E que venha a próxima coleção, porque já estamos todos prontos para nos jogar de cabeça nessa selva de estilo que é o universo de Leandro Castro. Quem disse que a natureza é só verde e marrom? No mundo dele, ela é também um espetáculo de criatividade e irreverência. Vamos aplaudir de pé, porque ele merece!
Foto: Divulgação – Ag. Fotosite
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