“Agora você me vê?” – Jal Vieira estilhaça o mundo da moda na Casa de Criadores

Ah, minha gente, se você foi à Casa de Criadores esperando encontrar mais um desfile comum, daqueles que você assiste de boca aberta por 20 minutos e depois segue sua vida como se nada tivesse acontecido, sinto informar: Jal Vieira Brand não é para amadores! Esqueça o pretinho básico e o lookzinho para o happy hour – o que Jal jogou na passarela foi um soco com luvas de veludo, cheio de elegância e um toque afiado de navalha. Sim, querido, você leu certo: navalhas! Mas calma, a gente já chega lá.

O nome da coleção já dá um gostinho do que estava por vir: “Agora você me vê?”. E se você ainda não viu, vai precisar de um par de óculos novos, porque Jal Vieira fez questão de ser visto e ouvido – alto e claro. Jal mergulhou no afrossurrealismo e trouxe para a passarela uma coleção que não só cutucou, mas deu uma chacoalhada no universo fashion, como quem diz: “Acorda, porque o futuro é agora, e ele é negro, poderoso e cheio de estilo!”

Agora, se prepara, porque a primeira coisa que apareceu foi uma explosão de pretos. Mas não pense que era aquele pretinho sem graça. Aqui, o preto vem carregado de história, resistência e, claro, um toque de perigo. Navalhas nos cabelos e nas roupas? Sim, Jal fez isso. E fez com a maestria de quem sabe que o styling não é só sobre o que você veste, mas sobre o que você quer dizer. Daniel Ueda, você arrasou como sempre!

E quando você achava que já tinha visto tudo, lá vem o laranja, queimando a passarela como um nascer do sol no deserto. Laranja vibrante, que faz qualquer um acordar de uma vez por todas. As modelos? Pareciam flutuar, em peças que desafiavam as leis da gravidade, como se cada look tivesse sido desenhado por um arquiteto do futuro. Era como assistir a uma performance artística em movimento, onde cada camada de tecido contava uma parte da história.

A trilha sonora de Mc Dellacroix foi a cereja no bolo – ou seria a batida no coração? – que fez todo mundo sentir a vibração no peito. A música, assim como os looks, era pulsante, viva, e fazia questão de lembrar: estamos aqui, estamos vivos, e estamos prontos para dominar!

E o que dizer do look dourado? Ah, o dourado! Jal transformou o ouro em poesia visual, cobrindo o modelo com uma chuva de detalhes que brilhavam mais do que qualquer joia da coroa. Parecia que o próprio Sol tinha decidido dar uma passada na Casa de Criadores para ver do que era feito aquele brilho todo.

Mas a cereja do bolo, sem dúvida, foram os penteados. Tamires Ramos e Gabriel Simplício elevaram o conceito de afrofuturismo a outro nível, criando coroas de tranças que faziam as modelos desfilarem como verdadeiras divindades. Era o passado, o presente e o futuro entrelaçados em cada fio de cabelo, gritando para o mundo que o tempo é negro e o futuro é agora meu bem.

No fim das contas, “Agora você me vê?” não é só uma pergunta, é um convite – ou melhor, um desafio. Jal Vieira nos mostrou que a moda é muito mais do que tecido e tendência, é sobre identidade, resistência e, claro, estilo de sobra. Então, da próxima vez que alguém te perguntar sobre o desfile da Jal, você pode responder com confiança: vi, senti, e agora, não consigo parar de pensar! Porque a moda, quando feita para ser lembrada, é para sempre – e Jal Vieira acabou de gravar seu nome na história.

Foto: Divulgação – Ag. Fotosite