PEDRA: GLAMOUR DO CAOS, OU COMO TRANSFORMAR RESÍDUOS EM JOIAS FASHIONISTAS

Ah, a Casa de Criadores! O playground onde a moda brasileira mais ousada e transgressora corre solta, dando aquele tapa de luva de pelica em quem ainda acha que moda é só sobre vestidos bonitinhos e desfiles sem alma. E neste cenário de puro deboche, eis que surge Pedra, uma marca que não apenas questiona o CISistema, mas o detona com um sorriso no rosto. Sim, meus amores, estamos falando de um desfile que foi tão explosivo quanto um after-party da Madonna nos anos 80 – só que com muito mais atitude e zero remorso.

O que rolou na passarela? Se prepare, porque foi uma verdadeira aula de como transformar caos em arte. Logo de cara, somos impactados por um furacão de listras que desafia o espaço e o tempo, adornado com um cabelão vermelho estilo cartoon dos anos 90. Sim, quase um revival de Patty & Selma dos Simpsons, mas em versão couture e com uma dose extra de ferocidade. Tudo isso embalado em um vestido que grita “não estou aqui para agradar”. A moda é sobre ser visto, mas esse look é sobre ser inesquecível.

E quando você acha que já viu de tudo, entra uma figura exalando uma energia meio David Bowie, meio Lady Gaga na era Artpop. A maquiagem que faz você querer se jogar no TikTok para recriar (mesmo sabendo que nunca vai ficar igual) e aquele vestido laranja que não só capturou a luz do dia, mas também a nossa imaginação. Ela não desfila, flutua, como se estivesse nos levando para um universo paralelo onde o glamour é a única moeda de troca. E quem somos nós para dizer não?

Agora, vamos falar da diva gótica suave que trouxe uma intensidade que faria a Morticia Addams dar um sorriso de orgulho. O vestido preto, com suas texturas que brincam com a luz, é quase um enigma visual. A cada movimento, é como se ela estivesse revelando e ocultando segredos ao mesmo tempo. Um verdadeiro jogo de sombras e sedução.

E, se você acha que a Pedra parou por aí, meu bem, se prepare para a surpresa. Lembra daquelas colagens que fazíamos na escola? Pois é, multiplique isso por mil e adicione uma pitada de haute couture. O resultado? Um vestido que desafia a gravidade, a estética e qualquer tentativa de categorização. Rosa choque com branco desfiado – é um verdadeiro ‘in your face’ para quem ainda acha que moda é coisa de gente chique. Esse look nos lembra que a moda é, antes de tudo, uma questão de identidade e liberdade.

E claro, não posso deixar de lado a rainha do mistério e sedução. Vestindo um look vinho que é a cara da riqueza distópica, ela parecia saída de uma fábula gótica – com direito a maquiagem dourada, cabelo platinado e uma atitude que grita “eu sou a rainha deste mundo”. Cada passo seu é um lembrete de que a moda é poder, e que, quando bem usada, pode virar qualquer narrativa de cabeça para baixo.

No final das contas, o desfile da Pedra foi um grito de liberdade fashionista que diz que o futuro é agora e ele é feito de ousadia, transgressão e uma boa dose de deboche. E se tem uma lição que podemos tirar desse espetáculo é que, na moda, assim como na vida, ou você quebra as regras, ou você é quebrado por elas. Pedra não só escolheu quebrar as regras, como também criou novas no processo.

Então, para os fashionistas de plantão, fica o recado: na próxima temporada, esqueçam o minimalismo e se joguem no maximalismo de ideias, porque, meus amores, o mundo não é mais o mesmo e nem queremos que ele seja. Afinal, se Gaultier nos ensinou alguma coisa, é que ser diferente é o novo normal. E a Pedra? Ah, a Pedra nos ensina que ser transgressor é a única maneira de ser relevante.

Foto: Ag. Fotosite