Vamos combinar, darlings, quem ainda pensa que a moda é só sobre roupa e corpo não entendeu nada! E Jorge Feitosa, o estilista que transformou uma simples brincadeira de infância em uma revolução na passarela, está aí para provar isso. Seu ajuntamento — sim, ele não chama de coleção, chama de ajuntamento! — na Casa de Criadores foi como uma viagem psicodélica ao passado, onde a nostalgia encontrou o futuro e juntos, eles foram dançar lambada com São Jorge e Ogum! Soa louco? Bem, porque é, e é exatamente disso que precisamos!
Vamos falar de infância, ou melhor, vamos falar daquele moleque que não parava quieto e vivia “aprontando” — e o que é a moda senão essa eterna traquinagem? Jorge, o “Cão de Inácio” (apelido carinhoso que ganhou da família), não brincava de casinha, ele montava a própria fábrica de criação. Tesouras, retalhos e muita imaginação foram os brinquedos que forjaram esse artista, que hoje nos entrega na passarela um show de surrealismo com uma pegada bem street.
Agora, fechem os olhos e visualizem: chifres vermelhos em modelos que parecem ter saído de um conto de fadas distorcido, looks que misturam denim reciclado com estampas digitais de tirar o fôlego e, claro, a leveza de quem sabe que o céu é o limite (literalmente, com nuvens estampadas por toda parte). Feitosa transformou a passarela em um playground onde o passado e o futuro brincam de pique-esconde. Mas, em vez de fugir, eles se encontram em peças que são pura ousadia, como aquela regata combinada com uma saia de nuvens, ou o look de moletom azul com aquele “diabinho” que parece ter escapado do emoji do WhatsApp direto para o desfile.
Aqui não tem espaço para blá-blá-blá eco-friendly que ninguém aguenta mais ouvir. Feitosa não só fala de sustentabilidade, ele vive e respira isso. Quem precisa de lavanderia quando se tem o denim da SANTISTA que vai direto da tesoura para o corpo? E as estampas digitais da Lunelli? De babar! Se tem uma coisa que Jorge sabe fazer é transformar o “eco” em algo cool, sem perder a pegada streetwear que está dominando as passarelas mundo afora. É o melhor dos dois mundos: a moda que não só veste bem, mas que faz bem.
Cada look desse ajuntamento é um statement, uma mensagem que grita: “Liberte-se das amarras da sociedade!”. O vestido com padrões geométricos em vermelho e azul é um jogo visual, quase um cubo mágico de tecido que desafia o espectador a entender, enquanto as tesouras penduradas no colar de outro look são quase uma piada interna, um lembrete de que a moda é, antes de tudo, sobre cortar e construir. E aquele colete cheio de garrafas? Um tapa na cara do desperdício, um convite para repensar o consumo enquanto se desfila com muito swag.
E se você acha que Jorge Feitosa parou por aí, darling, se prepare para o gran finale: um look todo preto, gótico suave com chifres que fariam até o impronunciável invejar. Foi como se o estilista tivesse capturado o espírito da internet — meme, alta moda e um toque de diabrura. Esse é o recado final de Jorge: na moda, seja arteiro, seja irreverente, mas acima de tudo, seja você mesmo. Porque no final do dia, o que importa é como você usa a sua criatividade para transformar o banal em algo extraordinário.
Jorge Feitosa não está aqui para ser o bom moço da moda, ele é o anti-herói que precisamos… nos faz lembrar que as raízes, os traumas e até os apelidos de infância têm o poder de nos transformar nos gigantes que somos hoje. A moda de Jorge é um carnaval de referências, um samba enredo que mistura cultura pop, religião e muito, mas muito talento.
Então, meus amores, fiquem ligados, porque se há algo que aprendemos com esse desfile, é que a moda brasileira tem sim muito mais a oferecer do que só beleza. Tem irreverência, tem história, tem alma. E isso, ninguém pode negar!
Foto: Divulgação – Ag. Fotosite
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