ATENÇÃO, NAVEGANTES DA MODA! SUKEBAN ACABA DE ANCORAR E O TSUNAMI DE ESTILO CHEGOU PARA VIRAR TUDO DE CABEÇA PARA BAIXO!

Preparem os coletes, porque quando Sim Sukeban coloca o Wakasa-Maru na passarela, não é só um desfile – é uma invasão! Uma invasão cultural, estética e, acima de tudo, emocional. Pense em um cruzamento impossível entre uma gueixa de Kyoto, um marinheiro perdido no Atlântico e uma diva das favelas cariocas. Agora misture tudo isso com a ferocidade de uma dominatrix que não está aqui para agradar ninguém. É isso que aconteceu na 54ª edição da Casa de Criadores. O tsunami Sukeban veio com força total, e quem não estava preparado foi simplesmente varrido pela onda!

Logo na entrada, a atmosfera já avisava: o que viria a seguir não era para os fracos. Era para aqueles que têm o coração forte e o olhar afiado. As luzes baixaram e, de repente, fomos transportados para um universo onde o Japão pós-guerra se encontra com as ruas vibrantes do Brasil. E, francamente, era exatamente o que o mundinho fashion estava precisando – uma chacoalhada nas suas certezas, uma sacudida no seu comodismo.

Quando as primeiras modelos surgiram na passarela, não era apenas moda desfilando. Era uma narrativa visual, uma história de ancestralidade, resistência e identidade que foi se revelando a cada passo.

O look com sua minissaia plissada de jeans desgastado, combinada a um colete recortado de pele sintética, parece ter saído de um encontro improvável entre uma estudante rebelde e uma guerreira pós-apocalíptica. O acabamento desfiado e a modelagem ousada gritavam por individualidade. E aquele toque de pele sintética nas botas? Uma mistura de Yeti com fashionista das ruas. Um contraste que fazia todo o sentido na atmosfera transgressora do desfile.

Na sequência, um vestido midi com cortes irregulares que revelavam um jogo provocante de pele e tecido, tudo isso sobre uma legging vermelha rendada, que parecia ter sido retirada do armário de uma diva burlesca. A estampa de um dragão japonês na parte frontal do vestido trouxe a dose exata de misticismo oriental. E, para completar, aqueles óculos de sol oversized de lente amarela? Totalmente punk-chic, perfeito para uma caminhada ao estilo Blade Runner em plena São Paulo.

E então, o azul entrou em cena. Um vestido estruturado, com franzidos que sugeriam uma tempestade prestes a estourar. Esse look trouxe à tona a nostalgia de antigas viagens marítimas, mas com uma pegada moderna, reforçada pelos acessórios afiados e a maquiagem que parecia invocar deuses do mar e espíritos das águas. As sandálias plataforma arremataram o look, lembrando que, na passarela de Sukeban, altura é poder.

Sim Sukeban não veio para brincar – veio para redefinir o jogo. E não só pelo estilo, mas pela mensagem poderosa que cada look carregava. A presença de corpos trans na passarela não foi apenas simbólica, foi revolucionária. Foi um lembrete de que a moda é, e sempre será, um espaço para todos, especialmente para aqueles que se recusam a ser encaixotados pelas normas da sociedade.

A SUKEBAN, desde o seu nascimento, já mostrou que não é só uma marca – é um manifesto. Com cada coleção, A grife constrói uma narrativa de resistência e inclusão, que ecoa nas vozes da comunidade LGBTQIA+ e além. E se você acha que já viu tudo, se prepare, porque o futuro dessa marca promete balançar ainda mais as estruturas.

E como diria nossa musa eterna, Iris Apfel: “Mais é mais, menos é chato!” A Sukeban entende isso como ninguém e, sinceramente, nós estamos prontos para mais dessa loucura deliciosa que ela nos entrega. Porque, na moda, meus queridos, não existe espaço para o comum. E com a SUKEBAN no comando, a única certeza que temos é que o próximo tsunami está sempre à espreita.

Foto: Ag. Fotosite