Se Preparem, queridos leitores, para uma avalanche de tutus, dourados e bolsas e estolas que vão fazer suas cabeças girarem mais rápido do que um desfile na Semana de Moda de Paris. A grife Ken-gá, sob a direção das brilhantes Lívia Barros e Janaina Azevedo, trouxe para a passarela da Casa de Criadores um espetáculo que é puro açúcar, mas com um toque de pimenta.
Imagine um casamento entre uma debutante dos anos 80 e uma diva futurista, e você começa a entender a vibe de “Glacê”. A coleção nos transporta para um universo onde bolsas em formato de bolo são tão essenciais quanto um pretinho básico. E quem precisa de um tutu tradicional quando você pode ter um que abraça suas curvas como se fosse feito sob medida? As sainhas balonês e os babados estão por toda parte, transformando cada modelo em uma espécie de princesa punk.
Mas não pense que a Ken-gá parou por aí. Os looks dourados são um espetáculo de outro mundo. Saem os neutros e entram saias e trench-coats que fariam qualquer um se sentir uma celebridade. E as bolsas em forma de estola de pelúcia? Uma combinação de luxo e fofura que só podia vir de mentes tão criativas quanto as de Barros e Azevedo.
E vamos falar das transparências! Ah, as transparências! Elas estão aqui para mostrar que menos é mais, especialmente quando o ‘menos’ revela uma silhueta que é um verdadeiro convite ao pecado. Comprimentos mini e uma silhueta colada ao corpo desafiam qualquer resquício de pudor que ainda reste no mundo da moda.
E como cereja do bolo, a presença marcante da cantora de funk carioca Valesca Popozuda, que desfilou deslumbrantemente um vestido vermelho todo trabalhado na moulage, com um decote em “v” digno de Valesca. Ela também encantou a todos com uma bolsa de pelúcia vermelha em forma de estola, mostrando que sabe brilhar tanto na música quanto na passarela.
Marcel Maia, o mago do styling, conseguiu orquestrar essas peças como se estivesse regendo uma sinfonia de moda. Cada look parecia uma obra de arte viva, digna de um editorial nas melhores revistas de moda. Maxi Weber, responsável pela beleza, trouxe um toque de realismo mágico, com maquiagens que pareciam saídas de um sonho.
E a trilha sonora de Anderson Nem? Um deleite para os sentidos que guiava cada modelo como se fosse uma personagem de um conto de fadas urbano. Era impossível não se deixar levar pela música, assim como era impossível tirar os olhos da passarela.
No fim das contas, a coleção “Glacê” da Ken-gá é uma ode ao universo das debutantes. É uma celebração da ousadia, da diversão e da moda como expressão máxima de identidade e atitude. É uma verdadeira aula de como ser chic, irreverente e absolutamente inesquecível.
Então, meu caro fashionista, se você está à procura de algo para aquecer o seu guarda-roupa e sua imaginação, não procure mais. A Ken-gá acaba de redefinir o que significa ser uma debutante moderna, e nós estamos totalmente aqui para isso! Bravo, Ken-gá! Que desfile, que delícia, que revolução!
Foto: Ag. Fotosite