A Adidas alertou na última semana que espera perder US$ 1,3 bilhão (6,8 bilhões de reais) em receita este ano porque não consegue vender roupas e sapatos da marca Yeezy, do rapper norte americano Kanye West.
No inicio do ano, o suíço Bjørn Gulden assumiu como novo CEO da gigante Adidas e já encontra a famosa marca das listras com um prejuízo de bilhões, referente a linha de calçados assinada por Kanye West.
De acordo com a Adidas, a marca tem uma montanha dos famosos sapatos Yeezy que não foram vendidos e que sobraram da polêmica parceria com rapper e agora estão dando um baita prejuízo.
Com a entrada de Gulden, que trabalhou de 1992 a 1999 como vice-presidente sênior de vestuário e acessórios da Adidas, seus planos são de reduzir os dividendos, atentando aos fatos de que podem enfrentar sua primeira queda anual de faturamento em décadas.
“Os números falam por si. Atualmente, não estamos atuando da maneira que deveríamos”, falou o CEO da Adidas, Bjørn Gulden, em um comunicado.
O ponto de partida dessa crise vem da ruptura contratual entre a marca Yeezy, de Kanye West e a Adidas, frente as polêmicas envolvendo o rapper americano que estão fazendo que com marcas cancelem seus contratos com o cantor, A Adidas encerrou sua parceria de nove anos com o rapper em outubro passado por causa de seus comentários anti-semitas; fato que também causou a demissão de John Galliano do comando da grife francesa Dior, em abril de 2011.
Com o prejuízo batendo a porta, a gigante Adidas estuda maneiras de poder reaproveitar toda coeleção da Ye, que parece também ter mudado de nome, deixando o Yeeeze de lado e usando apelas Ye.
“Realmente não há boas opções para essa marca desgastada que fica entre o prestígio e o luxo”, afirma Burt Flickinger, especialista em varejo e diretor-gerente da consultoria de varejo Strategic Resource Group.
As outras opções para a montanha de produtos no estoque da Adidas é de destruir as roupas e acessórios… ou fazer doação à instituições de caridade… a última alternativa é muito mais plausível, frente ao número cada vez maior que a indústria da moda vem poluindo o meio ambiente com resíduos têxteis descartados em locais inapropriados.
Responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera; a indústria da moda é classificada como a segunda mais poluente de todo o mundo, atrás apenas do setor petrolífero. Um deserto de roupas descartadas no Chile vem chamando atenção do mundo e de ambientalistas que atentam para os impactos que o descarte de tal matéria prima podem assolar na disseminação de emissão de carbono, assim como o consumo de água e energia sendo desperdiçados com o descarte de resíduos.
Foto: Reprodução
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