A primeira vista as fotos do artista nigeriano Malik Afegbua parecem terem saído de uma revista de moda internacionalmente conceituada, mas a arte do nigeriano consiste em usar inteligência artificial para encontrar um senso de estilo para a terceira idade, os idosos esquecidos pela moda mundial.
Vivemos em um mundo do descartável, roupas descartáveis e até, porque não‽ pessoas descartáveis, como vemos cancelamentos das pessoas nas redes sociais.
Acontece que a concepção visual que Malik conseguiu usando sua arte em conjunto da inteligência artificial trouxe um olhar bem vivo de idosos com um alto grau de estilo, arrancando elogios até mesmo da figurinista do aclamado Pantera Negra.
Ruth Carter, que já tem um Oscar para chamar de seu foi só elogios ao trabalho do nigeriano. “Isso é tão legal”, disse a figurinista em um comentário.
O trabalho de Malik acende um debate sobre sobre inteligência artificial, terceira idade e coloca em voga a cena fashion que idosos são totalmente esquecidos por grandes marcas do globo.
Durante a última edição da SPFW, o estilista João Pimenta não só fez um desfile primoroso e de arrancar suspiros de quem assistia, como também colocou idosos em seu casting.
Do alto dos seus 101 anos, a americana Iris Apfel é de longe uma das representantes estilosas da terceira idade, com seu estilo inconfundível.
Iris no início de 2022 lançou uma coleção em parceria com a rede de fast fashion H&M e uma de suas peças foi parar na série queridinha dos fashionistas na Netflix, Emily in Paris, usado pela atriz Lilly Collins, um casaco lilás, de modelagem extremamente moderna idealizado por Iris. “Quando desenho uma coleção, ela é uma expressão das minhas emoções e sentimentos. Sou capaz de tornar tangíveis essas ideias abstratas. É ótimo colocar em meus designs sentimentos intensos, reações instintivas e coisas que gosto”, revela Iris.
De acordo com a empresária e nossa musa Camila Farani, você não será substituído pela inteligência artificial, mas sim por alguém que domine o uso de tal inteligência. Diz Camila, que completou com uma projeção dos numeros esperados para o recurso “O mercado de inteligência artificial projetado para 2030 chega em US$ 1,6 trilhões”. Completa Farani, que está em Nova York conferindo de perto a NRF, maior feira de varejo do mundo.
Parece que os brasileiros estão em peso na feira realizada em Nova York; dos 35 mil inscritos para participar da 113ª NRF, 2,2 mil são brasileiros. Um número representativo e tanto. Os cartazes com orientações das equipes já colocam o português como segunda lingua, ficando atrás somente da lingua inglesa.
Nessa edição a inteligência artificial toma conta de um dos temas abordados pela feira, que traz como ponto de partida a investida da gigante Louis Vuitton e sua vitrini surreal com um robô da artista japonesa Yayoi Kusama pintando os vidros com suas famosas bolas coloridas.
Foto: Divulgação
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